Economia

Retaliação à tarifa de Trump pode custar até R$ 259 bilhões ao PIB do Brasil, aponta pesquisa

22 jul 2025, 15:35 - atualizado em 22 jul 2025, 15:35
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(Foto: Colagem Money Times - Reuters/Ken Cedeno e Agência Brasil/Ricardo Stuckert)

A ameaça do presidente americano, Donald Trump, de taxar em 50% todos os produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos tem implementação marcada para o dia 1º de agosto.

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Caso as tarifas entrem em vigor e o presidente Lula resolva retaliar os EUA com medidas recíprocas, o impacto pode ser enorme para o Brasil, segundo pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

O levantamento estima um impacto de até R$ 259 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, cerca de 2,2% do total.

Além disso, uma retaliação poderia afetar quase 2 milhões de postos de trabalho, reduzir a massa salarial em R$ 36 bilhões e cortar a arrecadação do governo com impostos em R$ 7,2 bilhões.

Se o impasse se mantiver apenas com tarifas por parte dos EUA, o impacto é relevante, mas reduzido: R$ 175 bilhões, com retração de 1,49% no PIB. Cerca de 1,3 milhão de postos de trabalho podem ser afetados.

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Para a Fiemg, o agravamento da crise comercial entre Brasil e Estados Unidos representa um risco grave à estabilidade econômica e ao desenvolvimento industrial.

A entidade defende que o governo brasileiro atue de forma firme, mas diplomática, na busca por um acordo que evite o início da vigência da tarifa, proteja os empregos e preserve a competitividade das empresas brasileiras.

“No nosso entendimento, ambos os países perdem muito com a medida. Responder com a mesma moeda pode gerar efeitos inflacionários no Brasil, por isso, o caminho mais inteligente é a diplomacia”, afirma Flávio Roscoe, presidente da Fiemg.

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Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.