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Retaliação russa: No pior dos mundos, petróleo dispara 242% e bate em US$ 380, diz JPMorgan

02 jul 2022, 8:30 - atualizado em 04 jul 2022, 15:26
Petroléo
O JPMorgan afirma ainda que dada a robusta posição fiscal de Moscou, a Rússia estaria preparada para reduzir a produção diária de petróleo em 5 milhões (Imagem: Stéferson Faria/Agência Petrobras)

O preço do petróleo pode bater em US$ 380 o barril caso a Rússia resolva retaliar o Ocidente em meio às sanções por conta da guerra na Ucrânia.

Os contratos futuros do petróleo Brent fecharam a última sexta-feira em alta de 2,03%, a US$ 111 o barril, ou seja, uma alta de 242% em relação às estimativas do JPMorgan.

Até 2021, a Rússia era o terceiro maior produtor de petróleo do mundo.

“É provável que o governo possa retaliar cortando a produção como forma de infligir dor ao Ocidente. O aperto do mercado global de petróleo está do lado da Rússia”, diz.

Na última semana, a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) deu mais um passo para aceitar Finlândia e Suécia entre os membros, o que promete acirrar ainda mais os ânimos na região.

Ainda segundo informações da Bloomberg, o G7 está criando um mecanismo para limitar o preço do petróleo russo em mais uma sanção para tentar frear o avanço de Vladimir Putin na Ucrânia.

“O risco mais óbvio e provável com um teto de preço é que a Rússia pode optar por não participar da venda de petróleo e, em vez disso, retaliar reduzindo as exportações”, escreveram os analistas.

O JPMorgan afirma ainda que dada a robusta posição fiscal de Moscou, a Rússia estaria preparada para reduzir a produção diária de petróleo em 5 milhões sem, no entanto, prejudicar a economia local.

Se caso o corte fosse de 3 milhões barris, o preço do petróleo poderia chegar a US$ 190 e no pior cenário, de um corte de 5 milhões de barris, o preço bateria em US$ 380, calcula o banco.

Rússia alerta para petróleo a US$ 300

A própria Rússia alertou que os preços do petróleo podem subir para mais de 300 dólares por barril se os Estados Unidos e a União Europeia proibirem as importações de petróleo da Rússia, disse o vice-primeiro-ministro Alexander Novak.

“É absolutamente claro que uma rejeição do petróleo russo levaria a consequências catastróficas para o mercado global”, disse Novak em um comunicado em vídeo transmitido pela televisão estatal.

“O aumento nos preços seria imprevisível. Seria 300 dólares por barril, se não mais.”

Com Reuters

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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