Internacional

Ricos dos EUA vão reduzir compras de ações em 2020, diz Goldman

30 jan 2020, 14:40 - atualizado em 30 jan 2020, 14:40
Mercados Wall Street NYSE
Os analistas esperam que a valorização das ações em relação aos títulos ajude a estimular vendas em fundos de pensão e fundos mútuos este ano (Imagem: REUTERS/Bryan R Smith)

Os investimentos dos mais ricos dos Estados Unidos no mercado de ações já são tão altos que dificilmente esse grupo comprará tanto em 2020 quanto no ano passado, segundo o Goldman Sachs.

“A alocação em renda variável do 1% mais rico aumentou para perto da máxima histórica, o que provavelmente será um maior obstáculo para agregar a demanda por ações este ano do que em 2019”, disseram estrategistas, como Arjun Menon e David Kostin, em relatório na quarta-feira.

“As famílias devem continuar sendo compradoras líquidas de ações este ano, mas a demanda deve ser menor do que em 2019.”

Famílias abastadas normalmente aumentam as compras líquidas de ações após períodos de aceleração do crescimento econômico, mas reduzem a demanda à medida que a quantidade em mãos aumenta, segundo o Goldman. As alocações em renda variável para o 1% mais rico das famílias estão no 97º percentil desde 1990, de acordo com o relatório.

O Goldman projeta que o S&P 500 terminará o ano em 3.400 pontos, um ganho de apenas 3,9% em relação ao fechamento da quarta-feira e muito distante do rali de 29% registrado pelo índice em 2019. E o banco não está sozinho: essa previsão para 2020 é a mediana entre estrategistas de Wall Street acompanhados pela Bloomberg.

Outros fatores que impulsionaram as ações nos últimos anos também podem não ajudar muito, segundo os estrategistas. Segundo eles, as recompras devem cair 5% este ano devido à “maior incerteza”. Os analistas esperam que a valorização das ações em relação aos títulos ajude a estimular vendas em fundos de pensão e fundos mútuos este ano.

A alocação agregada em renda variável de famílias, fundos mútuos, fundos de pensão e investidores estrangeiros aumentou para 46%, ocupando o 95º percentil desde 1990, segundo o relatório.

“O fato de essas quatro categorias de investidores, que possuem quase 90% do mercado de ações, terem potencial limitado para aumentar suas alocações em renda variável é consistente com nossa previsão de retorno de um dígito para o mercado de ações este ano”, disseram os estrategistas.

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bloomberg@moneytimes.com.br
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