Bradesco

Risco menor pós-recessão pode levar Ibovespa a 87 mil pontos, avalia Bradesco

07 set 2017, 0:31 - atualizado em 05 nov 2017, 13:55

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O Ibovespa teria o caminho livre para chegar aos 87 mil pontos caso o prêmio de risco exigido pelos investidores passe a cair, como aconteceu após as recessões de 2003 e 2009, avalia o Bradesco BBI em um relatório enviado a clientes nesta quarta-feira (6).

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O estrategista José Cataldo, responsável pela análise, calcula que o prêmio de risco (medido pelo ERP – Brazil Equtity Risk Premium) hoje está em 4,9 pontos percentuais, um pouco acima da média histórica de 4,6 p.p.

“Em nossos cálculos, assumindo um prêmio de risco apenas 1 p.p. abaixo da média histórica, o Ibovespa poderia atingir 87 mil pontos ao final de 2017”, avalia. Ele pontua, contudo, que o contrário está ocorrendo atualmente.

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Aspectos cíclicos

Considerando os “aspectos cíclicos”, que avaliam um crescimento de quatro ou cinco anos do país, os múltiplos deveriam retornar para o patamar “razoável” e histórico de 14 vezes o preço sobre o lucro (P/L) para os próximos 12 meses.

“Em nossa visão, isso significaria que os investidores estariam pagando, antecipadamente, pelo crescimento dos lucros nos próximos dois anos e meio (aproximadamente até o final de 2019). Neste caso, de acordo com as nossas estimativas, o Ibovespa poderia atingir 83 mil pontos no final deste ano”, destaca o Bradesco.

Eleições

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O Bradesco também considerou as incertezas relacionadas às eleições presidenciais. Aqui, dois cenários são considerados: “ajuste fiscal contínuo”, chance de 80%, e “não ajuste fiscal”, de 20%. “Em nossos cálculos, o valor esperado para o Ibovespa seria de 78 mil pontos ao final de 2017”, pontua o relatório.

O cenário de “não ajuste fiscal” aumentaria as preocupações em relação ao endividamento público, que superaria os 100% (relação dívida/PIB) e não se estabilizaria. “Nesse cenário, poderíamos ver o múltiplo P/L do mercado caindo até 1,5 desvio padrão abaixo da média histórica, resultado em um Ibovespa em torno de 50 mil pontos”, ressalta Cataldo.

Por fim, no cenário em que o “ajuste fiscal contínuo” é considerado, os múltiplos retornariam aos níveis históricos (14 vezes o P/L) e/ou a queda do prêmio de risco (ERP) cairia 1 ponto percentual abaixo da sua média histórica. Com isso, o índice buscaria os 85 mil pontos.

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Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
gustavo.kahil@moneytimes.com.br
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.