Economia

Roubini: Brasil é o emergente mais exposto aos temas econômicos globais de 2017

21 mar 2017, 18:10 - atualizado em 05 nov 2017, 14:06

O Brasil é o mercado emergente mais exposto aos principais temas globais para 2017 na análise da consultoria do economista Nouriel Roubini. A ideia do relatório obtido pelo Money Times é ressaltar os países que estão melhor posicionados para se beneficiar ou não dos riscos identificados pela equipe de economistas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os sete assuntos selecionados pela Roubini Global Economics são:

1 – Populismo: as mudanças geopolíticas nos países desenvolvidos podem fazer renascer uma visão antiglobalização, protecionismo e anti-imigração. “Isso tenderia a afetar mais severamente os mercados emergentes mais dependentes das remessas de recursos e mais abertos ao comércio, em particular, ao comércio com os Estados Unidos”, explicam os economistas.

2 – Retorno da inflação: alguns países em desenvolvimento estão encontrando o mesmo tipo de alta nos preços visto nos desenvolvidos. Este cenário tem levado a uma tendência de alta nos juros pelos bancos centrais.

3 – Divergência fiscal: uma postura de expansão fiscal nos EUA pode ampliar a concorrência entre os emissores de títulos de dívida. Os emergentes com maior espaço fiscal tendem a se beneficiar mais neste momento.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

4 – Fim do afrouxamento monetário: com as condições financeiras mais apertadas, os emergentes com menor financiamento externo, maiores reservas e inflação ancorada serão os mais resilientes.

5 – Retorno da volatilidade macroeconômica e financeira na China: os emergentes mais resilientes ao enfraquecimento da economia chinesa serão os que tiverem poucas ligações diretas com o país e não muito dependentes da demanda por metais.

6 – Fim da recessão de investimentos nos emergentes: a estabilização dos preços das commodities e a melhora das decisões macroeconômicas irá levar ao fim da escassez dos investimentos e incentivar uma recuperação gradual da economia.

7 – Preços do petróleo: os exportadores de petróleo irão se beneficiar mais da recuperação dos preços da commodity, enquanto os importadores ineficientes irão ter problemas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Abaixo, a posição de cada país com a sua pontuação (número maior = mais exposto):

Brasil

Segundo a consultoria, apesar de o Brasil estar na última posição do ranking, o país fez progressos no ano passado enquanto o baixo crescimento, austeridade e melhores receitas com as commodities ajudaram a reduzir as preocupações sobre o déficit em conta corrente e a balança comercial.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Além disso, as reformas fiscais – e a da Previdência – devem continuar a aprimorar as contas e, junto com o retorno da credibilidade do Banco Central, colocam o Brasil em uma rota de recuperação econômica.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
gustavo.kahil@moneytimes.com.br
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.