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Rumo (RAIL3) recua após Citi revisar estimativas e cortar preço-alvo; veja os detalhes

25 ago 2025, 14:58 - atualizado em 25 ago 2025, 14:58
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O Citi cortou o preço-alvo para Rumo com a expectativa de oferta e demanda mais fracas nos próximos trimestres (Imagem: Money Times)

Na ponta negativa do Ibovespa (IBOV), as ações da Rumo (RAIL3) operam entre as maiores quedas nesta segunda-feira (25). 

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Por volta de 14h30 (horário de Brasília), RAIL3 caía 2,79%, a R$ 14,65, na liderança das perdas entre as ações negociadas no principal índice da bolsa brasileira. Acompanhe o Tempo Real. 



O movimento acontece após o Citi revisar os números para a companhia. O banco cortou o preço-alvo de R$ 19,50 para R$ 16,50 — o que ainda representa um potencial de valorização de 9,5% sobre o preço de fechamento da última sexta-feira (22). 

O novo preço-alvo reflete os riscos de precificação de frete. O Citi manteve a recomendação neutra. 

“Apesar da redução significativa no preço-alvo, o valuation atual parece incorporar a maior parte desse cenário negativo”, escreveu Filipe Nielsen em relatório. 

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Oferta e demanda mais fracas

Para o analista do Citi, Filipe Nielsen, a oferta e a demanda do setor de logística não têm se mostrado tão fortes quanto o esperado. Esse movimento tem, por sua vez, pressionado as tarifas de frete mesmo com o potencial promissor para exportações neste ano. 

“Após a decepção da Rumo com as tarifas no segundo trimestre de 2025 (2T25), o cenário sugere uma probabilidade maior de que as tarifas também sejam fracas no segundo semestre de 2025, e riscos de longo prazo para o potencial de exportação de milho do Brasil podem pressionar o poder de precificação da Rumo para além deste ano”, destacou Nielsen em relatório. 

De um lado, a demanda chinesa por soja brasileira ainda oferece oportunidades para os volumes da Rumo no segundo semestre, na visão do Citi. 

Por outro, as exportações de milho apresentam “desafios mais profundos” do que a soja na relação entre demanda e oferta. 

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“Combinando um consumo interno crescente de milho, o menor apetite da China por milho brasileiro, o risco de a Europa aumentar as importações de milho dos Estados Unidos após acordos comerciais recentes e a vantagem do Arco Norte para capturar volumes com destino à Europa, é possível que a fraqueza tarifária da Rumo no segundo trimestre possa se estender ainda mais no terceiro e quarto trimestres”, acrescentou o relatório. 

Para o Citi, o crescimento potencialmente mais lento da safra pode ser superado pelo aumento do consumo interno de milho a partir de 2026. 

Esse movimento deve reduzir o potencial de exportação se a demanda externa continuar encontrando volumes em outros lugares.

“Sob tais condições, é possível que essa fraqueza da oferta e demanda crie ainda menos espaço do que esperávamos para a Rumo aumentar suas tarifas”, disse o analista. 

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Para ele, as melhorias na eficiência de custos podem compensar o impacto nas margens. Contudo, a geração de Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) agora parece mais fraca e mais próxima do limite inferior do guidance da companhia para este ano. 

Nas contas do Citi, o Rumo deve apurar Ebitda ajustado de R$ 8,106 bilhões neste ano. A projeção anterior era de R$ 8,241 bilhões. 

O banco também revisou a estimativa de lucro líquido de R$ 1,920 bilhão para R$ 1,887 bilhão em 2025. 

“Considerando maiores riscos agrícolas para a demanda de frete ferroviário, juntamente com taxas de juros de longo prazo mais altas, também aumentamos o custo de capital próprio de 17,6% para 18,5%.”

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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