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Rumo (RAIL3) recua e lidera perdas do Ibovespa após resultados do 3T25; o que fazer com as ações agora?

17 nov 2025, 11:53 - atualizado em 17 nov 2025, 11:53
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(Imagem: Money Times)

As ações da Rumo (RAIL3) começam a semana em forte tom negativo, com os investidores avaliando os números do terceiro trimestre (3T25). 

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Por volta de 11h30 (horário de Brasília), RAIL3 registrava recuo de 6,42%, a R$ 15,46, figurando como a maior queda do Ibovespa (IBOV). Na mínima intradia, os papéis da companhia chegaram a cair 6,90%. 



A transportadora ferroviária, que pertence ao grupo Cosan, reportou um lucro líquido de R$ 733 milhões entre julho e setembro deste ano, uma queda de 7,6% na comparação com o mesmo período de 2024. 

O resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado totalizou R$ 2,31 bilhões, crescimento de 4,5% na base anual.

Os analistas, em média, esperavam lucro de R$ 730,3 milhões e Ebitda de R$ 2,36 bilhões, segundo dados compilados pela IBES, da LSEG.

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Outros números de Rumo

Em comunicado de resultados, a Rumo afirmou  que o desempenho da companhia foi “impulsionado pela Operação Norte, com avanço no transporte de carga geral, especialmente celulose, bauxita e combustíveis líquidos”. 

A transportadora também citou maiores volumes de açúcar e fertilizantes. Na Operação Sul, destacou o aumento do transporte de milho.

No total, a companhia transportou um volume 8,2% maior que no 3T24, enquanto a receita líquida subiu 1,8%, a R$ 3,82 bilhões. A expectativa do mercado apontava para um faturamento de R$ 3,92 bilhões no período, segundo a IBES.

Segundo a Rumo, a receita cresceu menos que o volume transportado porque houve redução do preço médio do frete, “em um ambiente de maior competição”.

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O custo dos serviços prestados subiu 4,9% no terceiro trimestre na comparação anual, a R$1,98 bilhão. No período, a Rumo afirmou que os custos fixos e as despesas comerciais, gerais e administrativas caíram 5% em termos nominais.

A empresa terminou setembro com uma alavancagem financeira de 1,9 vez a relação entre dívida líquida e Ebitda ante 1,4 vez no final do terceiro trimestre do ano passado.

Como os analistas avaliam os números

Para os analistas do Safra, o resultado trimestral da Rumo foi negativo. 

“O resultado operacional fraco foi agravado por um aumento de 45,5% nas despesas financeiras líquidas na base anual, impulsionada por taxas de juros mais altas e um aumento de 46,5% na dívida líquida”, escreveram Luiz Peçanha e Arthur Godoy, em relatório. 

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A dupla também destacou a queda de 6,3% na tarifa consolidada, ficando 3,2% abaixo da estimativa do banco. “Os resultados foram impulsionados por maiores volumes transportados, conforme já divulgado. Entretanto, isso foi ofuscado pela queda na tarifa média.”

Por outro lado, o lucro líquido ficou 6,4% acima da projeção do banco, mas considerando alguns ajustes. 

“O desvio positivo em relação à nossa estimativa pode ser amplamente atribuído a uma indenização de R$ 55 milhões reconhecida pela Rumo Malha Sul, ligada a eventos climáticos no Rio Grande do Sul. Excluindo esse item não recorrente, o lucro líquido ajustado cairia 12,2% A/A para R$ 697 milhões, ficando amplamente em linha com nossa estimativa e o consenso.”

O que fazer com as ações agora? 

Apesar da avaliação negativa, o Safra mantém a recomendação de compra para as ações RAIL3 e preço-alvo de R$ 21,80 — o que representa um potencial de valorização de 32% sobre o preço de fechamento da última sexta-feira (14). 

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Segundo os analistas, o valuation da companhia segue atrativo. Nas contas do banco, a companhia negocia atualmente a uma taxa interna de retorno (TIR) de 14,%, cerca de 744 pontos-base acima dos títulos brasileiros indexados à inflação de 10 anos (NTN-Bs 2035). 

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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