Rússia

Rússia acusa EUA de ter ‘teto de vidro’ e dispara: ‘não deem sermão a Moscou sobre armas nucleares’

27 maio 2023, 14:53 - atualizado em 27 maio 2023, 14:53
Alexander Lukashenko Rússia Biden
O presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, disse que as armas já estavam em movimento (Imagem: Sputnik/Aleksey Nikolskyi/Kremlin via REUTERS)

A Rússia rebateu neste sábado às críticas do presidente norte-americano, Joe Biden, aos planos de Moscou de colocar armas nucleares táticas em Belarus, dizendo que Washington há décadas posiciona armas nucleares exatamente como essas na Europa.

A Rússia afirmou na quinta-feira que avançaria com seu primeiro destacamento de armas nucleares fora de suas fronteiras desde a queda da União Soviética em 1991, e o presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, disse que as armas já estavam em movimento.

Biden disse na sexta-feira que teve uma reação “extremamente negativa” aos relatos de que a Rússia avançou com o plano de posicionar armas nucleares em Belarus. O Departamento de Estado dos EUA denunciou o plano de destacamento nuclear da Rússia.

“É direito soberano de Rússia e Belarus garantir sua segurança pelos meios considerados necessários em meio a uma guerra híbrida em grande escala desencadeada por Washington contra nós”, disse a embaixada da Rússia nos Estados Unidos em um comunicado.

“As medidas que tomamos são totalmente consistentes com nossas obrigações legais internacionais.”

Os Estados Unidos disseram que o mundo encara o maior risco nuclear desde a Crise dos Mísseis Cubanos de 1962 por causa dos comentários do presidente Vladimir Putin durante o conflito na Ucrânia, mas Moscou disse que a sua posição tem sido mal interpretada.

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Putin, que enquadrou a guerra na Ucrânia como uma luta pela sobrevivência da Rússia contra um Ocidente agressivo, alertou repetidas vezes que a Rússia, que tem mais armas nucleares do que qualquer outro país, usará todos os meios para se defender.

Armas nucleares táticas são usadas para ganhos táticos no campo de batalha e são geralmente menores do que as armas nucleares estratégicas projetadas para destruir cidades dos EUA, da Europa ou da Rússia.

A embaixada russa chamou as críticas dos EUA ao destacamento planejado por Moscou de hipócritas, dizendo que “antes de culpar os outros, Washington poderia fazer um pouco de introspecção”.

reuters@moneytimes.com.br