Política

Russia diz esperar o melhor, mas se preparar para o pior ao ser indagado sobre nova Guerra Fria

20 mar 2021, 18:00 - atualizado em 19 mar 2021, 16:06
Kremlin, Dmitry Peskov
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que a oferta de Putin continua de pé, mas que a proposta não será mantida por tempo indeterminado (Imagem: REUTERS/Maxim Shemetov)

O Kremlin disse nesta sexta-feira que Moscou sempre espera o melhor, mas se prepara para o pior quando indagado sobre a possibilidade de uma nova Guerra Fria entre os Estados Unidos e a Rússia.

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Os laços diplomáticos atingiram uma nova baixa nesta semana depois que o presidente norte-americano, Joe Biden, disse achar que o presidente russo, Vladimir Putin, é “um assassino” em uma entrevista, o que levou a Rússia a convocar seu embaixador nos EUA. Mais tarde, Putin propôs conversas virtuais com Biden nos próximos dias.

Nesta sexta-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que a oferta de Putin continua de pé, mas que a proposta não será mantida por tempo indeterminado.

“Putin disse que, apesar de tudo, não faz sentido ter uma diplomacia de megafone e trocar farpas. Existe um motivo para se manter as relações”, disse Peskov aos repórteres em uma teleconferência.

Ele foi indagado sobre uma nova Guerra Fria entre os dois países.

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“Nós, é claro, sempre esperamos o melhor, mas sempre estamos preparados para o pior. No que diz respeito à Rússia, o presidente Putin expressou claramente seu desejo de manter os laços…”, disse.

“Mas, é claro, não podemos levar em conta os comentários de Biden”, acrescentou, referindo-se à entrevista de Biden à rede ABC News transmitida na quarta-feira.

Biden disse “acho” ao ser indagado se acredita que o presidente russo é um assassino. Ele também descreveu Putin como alguém que não tem alma, e disse que ele pagará um preço por uma suposta intromissão da Rússia nas eleições presidenciais norte-americanas de 2020, algo que o Kremlin nega.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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