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Rússia habilita frigoríficos do Brasil; plantas contemplam JBS (JBSS3) e BRF (BRFS3)

07 fev 2024, 12:29 - atualizado em 07 fev 2024, 14:50
rússia frigoríficos
A Rússia retirou a suspensão temporária sobre unidades de carne de aves, carne bovina e subprodutos avícolas (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

A Rússia autorizou mais frigoríficos brasileiros a exportarem carne bovina e de frango. Além de novas habilitações, foram retirados embargos, segundo um comunicado do Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária da Rússia.

O país habilitou frigorífico da JBS (JBSS3) de Confresa (MT) para exportação de carne bovina, além de uma planta da BRF (BRFS3) de carnes de aves e gorduras em Chapecó (SC), até então restritas à farinha animal.

A Rússia também retirou a suspensão temporária sobre as unidades de:

  • carne de aves e subprodutos avícolas da planta da Seara Alimentos — marca da JBS — de Forquilhinha (SC);
  • carne de aves da unidade da Seara Alimentos de Itapetininga (SP); e
  • carne bovina da JBS de Lins (SP) — vendas que estavam suspensas desde 2017.

As alterações estão válidas desde 23 de janeiro e foram comunicadas à indústria de carnes em 29 de janeiro, segundo as informações do Serviço de Inspeção Federal (SIF) e do órgão sanitário russo.

No documento de liberação, encaminhado às autoridades sanitárias do Brasil, o órgão russo afirmou que a ampliação ocorre após auditoria nos frigoríficos.

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Em uma rede social, o adido agrícola da Rússia no Brasil, Andrey Yurkov, afirmou que a auditoria realizada pela autoridade russa no país foi concluída em dezembro. Foi a primeira vistoria desde 2015, segundo Yorkov, e passou por seis estados brasileiros e pelo Distrito Federal.

“A missão russa mais uma vez fortaleceu a relação de confiança entre as autoridades sanitárias do Brasil e da Rússia e reafirmou a importância do papel do Brasil no fornecimento de produtos de origem animal, sendo um dos principais fornecedores de carnes para o mercado russo”, escreveu Yorkov.

Vale lembrar que BRF reporta seus resultados em 26 de fevereiro, enquanto a JBS divulga seus números em 26 de março.

De acordo com Hyberville Neto, da HN Agro, liberação de plantas para exportação é algo positivo, mas o peso da Rússia nas compras brasileiras de carne bovina e de aves tem sido pequeno.

“Considerando as carnes in natura, o país participou com menos de 2% das vendas brasileiras em 2023. Por outro lado, a abertura das plantas, se for uma sinalização de melhoria da demanda geral do país, pode ser algo mais relevante, mas não pelas plantas em si. O país tem diminuído as importações nos últimos anos. Considerando todas as origens e as projeções do USDA, entre 2014 e 2024 as importações russas de carne bovina devem cair 72% e as de carne de frango, 66%”, explica.

*Com Estadão Conteúdo

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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