Analista destaca Sabesp (SBSP3), BTG (BPAC11) e comenta dados de inflação: ‘Estamos mais próximos de um corte de juros nos EUA’
Os resultados corporativos no segundo trimestre de 2025 (2T25) e os dados de inflação no Brasil e nos Estados Unidos trazem otimismo para o mercado de capitais nesta terça-feira (12).
No Giro do Mercado, a jornalista Paula Comassetto recebeu Larissa Quaresma, analista da Empiricus Research, para comentar os destaques da bolsa e das projeções macroeconômicas. Do lado corporativo, os investidores têm o que celebrar.
“Essa temporada de resultados tem surpreendido até as nossas expectativas. É uma temporada inclusive com reações positivas nos pregões subsequentes às divulgações, coisa que não vemos há muitos trimestres, só o contrário”, afirmou Quaresma.
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Na manhã desta terça, os grandes destaques foram BTG Pactual (BPAC11) e Sabesp (SBSP3), que sobem mais de 9%, liderando as altas do dia e impulsionando o Ibovespa (IBOV), que avança 2% por volta das 13h.
Segundo Quaresma, os resultados do BTG vieram “absolutamente espetaculares e superaram as expectativas até dos mais otimistas”.
A expectativa é de que o banco tenha um ano de destaque no setor bancário e que a ação continue performando bem, acompanhando os possíveis resultados positivos ao longo do ano.
No caso da Sabesp, o lucro líquido ajustado também superou as estimativas. Quaresma considera que a companhia segue a agenda de universalização do serviço de saneamento, característica da gestão pós-privatização.
A analista ainda chamou atenção para Direcional (DIRR3) e Localiza (RENT3), que também apresentaram números extremamente positivos.
Otimismo com dados de inflação
Além dos destaques corporativos, a especialista comentou a divulgação dos dados de inflação no Brasil e nos EUA. No cenário doméstico, o número surpreendeu o mercado, vindo abaixo das expectativas, ainda que mantenha uma aceleração.
Quaresma destacou que os números têm apresentado surpresas baixistas na parte de alimentos e bens, acompanhando o arrefecimento da economia brasileira.
Para ela, a trajetória de desaceleração da inflação é “muito importante quando pensamos em quando vem o primeiro corte de juros“, com a chance de um corte de juros ainda em 2025 “acabando ficando maior com essa inflação, surpreendendo para baixo”, disse.
Nos EUA, a perspectiva de corte de juros já na próxima reunião do Federal Reserve (Fed) em setembro ganha corpo com um número dentro das expectativas.
“Mais importante do que se vai acontecer em setembro ou em outubro, é que a chance de acontecer esse ano aumentou. Para os ativos de risco, inclusive brasileiros, essa é a principal mensagem: estamos mais próximos de um corte de juros nos EUA”, afirmou.
O programa ainda abordou o desempenho dos mercados globais e outros destaques corporativos. Para acompanhar o Giro do Mercado na íntegra, acesse o canal do Money Times no YouTube.
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