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Itaú BBA indica ‘um grande nome para navegar nestes tempos turbulentos’ e calcula potencial de 40%

23 jan 2025, 16:10 - atualizado em 23 jan 2025, 18:39
sabesp bolsa ibovespa ações
A casa atualizou suas perspectivas considerando um cenário macroeconômico em deterioração e os desenvolvimentos da companhia após a privatização — que ocorreu em meados de 2024.

O Itaú BBA aponta a Sabesp (SBSP3) como “um grande nome para navegar nestes tempos turbulentos”. O preço-alvo para 2025 foi reduzido de R$ 143,40 para R$ 132,20, o que representa um potencial de alta de 40% ante o preço de fechamento do dia 22 de janeiro.

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A casa atualizou suas perspectivas considerando um cenário macroeconômico em deterioração e os desenvolvimentos da companhia após a privatização — que ocorreu em meados de 2024. Vale lembrar que o a situação fiscal brasileira vem pressionando a política monetária, com economistas estimando uma taxa básica de juros (Selic) no patamar de 15% neste ano.

“A Sabesp continua sendo uma de nossas principais escolhas devido à sua avaliação atrativa, forte crescimento do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), baixa alavancagem e potencial para criar valor por meio de licitações para novas concessões”, dizem os analistas.

Para o BBA, as medidas iniciais tomadas pela empresa indicam que o processo de recuperação está progredindo bem, dessa maneira, os analistas preveem ganho de confianças pelos investidores na execução, à medida que a empresa começar a entregar.

Os analistas veem ainda a Sabesp com baixa alavancagem e potencial para se tornar um nome pagador de dividendos no médio e longo prazo. A perspectiva de crescimento é promissora, na visão do BBA.

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“A Sabesp deve se tornar uma consolidadora, participando de leilões de saneamento e adquirindo empresas”, ponderam os analistas.

Nesta quinta-feira (23), as ações SBSP3 fecharam o pregão com baixa de 1,06%, a R$ 93.

Perspectivas para a Sabesp

Os analistas do BBA comentam que a Sabesp apresenta menor atraso no reconhecimento do capex (investimentos) executado pela empresa em sua Base de Ativos Regulatórios (BAR). Eles recordam que, em dezembro, a Sabesp anunciou a aprovação do Primeiro Aditivo ao contrato de concessão firmado entre a empresa e a URAE-1, apresentando algumas modificações e adições ao contrato original.

“Houve um atraso de 18 meses no reconhecimento do capex no marco regulatório que foi aprovado para o processo de privatização. Dada a incerteza sobre como isso seria implementado, estamos assumindo agora um atraso de 6 meses em vez de 18 meses, o que implica uma criação de valor adicional de aprximadamente R$ 4,5 bilhões”, destacam os analistas.

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Além disso, o ponto mais significativo que vale destacar é a inclusão de ajustes compensatórios a serem calculados pela Arsesp relacionados ao atraso no reconhecimento do capex na base de ativos.

Dessa maneira, a avaliação inicial do BBA é que, em termos econômicos, isso significa que não haverá atraso no reconhecimento do capex, pois o valor do descasamento será ajustado pelo WACC (custo médio ponderado de capital) regulatório e incorporado às tarifas no ano seguinte.

Em relação ao potencial de redução de custos, o BBA segue otimista e espera receber mais informações sobre a eficácia dos programas de demissão voluntária em andamento que estão abertos até o final de janeiro.

“A Sabesp tomou várias iniciativas para reduzir a lacuna de receita (atualmente em torno de R$ 800 milhões) dos descontos tarifários que foram dados a grandes consumidores. Após analisar todos os contratos e avaliar os riscos, a empresa decidiu remover o desconto para a maioria desses clientes, respondendo por quase 70% da lacuna de receita”, comentam.

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Os analistas destacam que a empresa venceu algumas batalhas nos tribunais de primeiro grau, mas perdeu outras. A regulamentação atual permite o reconhecimento de até R$ 300 milhões em descontos tarifários e, portanto, a Sabesp está tomando todas as iniciativas para aderir a esse limite.

“Acreditamos que a empresa tentará negociar com o regulador para incorporar a lacuna restante nas tarifas, zerando a lacuna de uma forma ou de outra”.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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