Sabesp reduz pressão da água durante a madrugada na Grande São Paulo em meio à pior crise hídrica desde 2015

A partir desta quarta-feira (27), a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) passa a adotar uma medida emergencial para reduzir a pressão da água nas torneiras de toda a Região Metropolitana de São Paulo, entre 21h e 5h.
O objetivo é cortar o consumo em cerca de 4 mil litros por segundo, mitigando perdas e desperdícios durante o período de menor demanda.
A ação é preventiva, temporária e atende a uma deliberação da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp).
A medida entra em vigor quando os principais reservatórios que abastecem a região registram os níveis mais baixos em uma década, desde a crise hídrica de 2014 e 2015.
Na crise anterior, o Sistema Cantareira — responsável por cerca de 60% do abastecimento da Grande São Paulo — chegou a operar com apenas 11% da capacidade em novembro de 2014.
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Em janeiro de 2015, o volume caiu ainda mais, chegando a 7,2%, mesmo considerando o uso do chamado volume morto (reserva técnica).
Na comparação entre os níveis atuais e os registrados em 27 de agosto de 2024, os principais reservatórios apresentam queda significativa:
- Cantareira: de 58,2% para 35,5%
- Alto Tietê: de 54,1% para 30,1%
- Guarapiranga: de 46,0% para 54,6%
Incluindo outros reservatórios, como Cotia (59,6%), Rio Grande (58,9%), Rio Claro (22,3%) e São Lourenço (55,8%), a média geral de armazenamento da Grande São Paulo está em 38%.
Como funciona a redução de pressão da Sabesp
A diminuição da pressão da água nas redes facilita a redução de vazamentos ao longo da distribuição, especialmente durante a madrugada, quando o consumo é menor.
Ao aliviar a força da água nas tubulações, a medida contribui para diminuir perdas por infiltração e rupturas, preservando os volumes armazenados e colaborando para o uso mais eficiente do recurso hídrico.