Sabesp (SBSP3), Copasa (CSMG3) ou Sanepar (SAPR11): Uma delas é a favorita do Safra

O setor de saneamento básico tem mostrado sinais de estabilidade e oportunidades de crescimento, segundo análise divulgada pelo Banco Safra.
Mesmo após uma alta expressiva de mais de 40% em um ano, a Sabesp (SBSP3) continua sendo a principal aposta do banco no setor. A recomendação segue positiva, com um novo preço estimado de R$ 144,10 por ação, o que representa uma expectativa de valorização de cerca de 24,5% nos próximos 12 meses.
De acordo com o Safra, a Sabesp conseguiu reduzir custos de forma mais rápida do que o esperado desde que passou a ser uma empresa privada. Isso melhorou os resultados da companhia e aumentou a confiança dos analistas.
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Outro ponto importante é que o órgão regulador ajustou as regras que determinam o quanto a empresa pode cobrar nas tarifas, passando a levar em conta os investimentos feitos em obras e melhorias. Além disso, novos contratos que devem ser disputados em São Paulo podem abrir espaço para o crescimento da empresa.
No caso da Copasa (CSMG3), a recomendação é “neutra”, ou seja, o banco aconselha os investidos a manter suas posições, sem comprar nem vender. O preço estimado para os papéis foi atualizado para R$ 31,10, o que indica um retorno mais limitado, de 9,4%.
Para o banco, os custos da Copasa subiram mais do que o previsto, e há dúvidas sobre as futuras decisões do órgão regulador, especialmente sobre as regras de investimentos e retorno financeiro. Na visão do Safra, esses riscos pesam mais do que os possíveis ganhos.
Já para a Sanepar (SAPR11), o Safra manteve a recomendação neutra. O preço estimado para as ações subiu para R$ 42,80, com potencial de retorno de 15,1%. Segundo o banco, o bom desempenho recente da empresa já foi reconhecido pelo mercado, e a alta dos custos nos últimos meses pode acabar limitando os lucros nos próximos trimestres.
Projeções macroeconômicas impulsionam o setor
O Safra também atualizou suas projeções levando em conta um cenário econômico com inflação em torno de 5,1% e crescimento do PIB de 2,1% em 2025. Com isso, aumentou as estimativas de lucro e resultado operacional para as empresas do setor.
Entre 2025 e 2027, a expectativa é que elas distribuam, em média, 3,9% ao ano em dividendos. A Sanepar pode se destacar nesse ponto, já que a entrada de recursos do governo federal pode reforçar os lucros no ano que vem.
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Apesar das boas perspectivas, o banco chama atenção para alguns riscos que ainda cercam o setor. Entre eles estão possíveis mudanças na regulação, dificuldades para cumprir metas de expansão dos serviços, problemas operacionais, decisões políticas (como uma eventual federalização da Copasa) e até questões climáticas, como a falta de chuvas que pode afetar o abastecimento.