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Sabesp (SBSP3) e a primeira crise hídrica após a privatização: Entenda os impactos, de acordo com o Santander

28 out 2025, 15:53 - atualizado em 28 out 2025, 16:07
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(Imagem: Instagram/Sabesp)

A região da Grande São Paulo vem enfrentando uma série de medidas de contingência, com o governo do Estado buscando evitar uma nova crise hídrica. Pouco depois de um ano da privatização, a nova gestão da Sabesp (SBSP3) corre, então, o risco de enfrentar o primeiro evento do tipo. Mas os analistas do Santander, por enquanto, estão tranquilos em relação às ações da companhia.  

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“Mesmo que a escassez de água se confirme, acreditamos que o impacto negativo será de curta duração e que o plano de investimentos da companhia deve contribuir para o aumento da disponibilidade hídrica no médio e longo prazos”, diz o time de analistas, encabeçados por Andre Sampaio, em relatório.

Para o Santander, ainda é cedo para afirmar que uma crise hídrica acontecerá — é preciso, antes disso, aguardar a próxima estação chuvosa, que vai de dezembro a maio. “Dito isso, caso a vazão de água permaneça abaixo de 40% da média histórica, vemos maior risco de escassez hídrica afetar os resultados”, pondera o time. 

O fluxo de água acumulado (MTD) em outubro atingiu 39,2% da média histórica, somando o sexto mês consecutivo de afluência abaixo de 50% da média histórica e o terceiro mês abaixo de 40%.

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No que tange os investimentos, a Sabesp tem um plano de aportar até R$ 70 bilhões em água e saneamento nos próximos cinco anos.

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Plano de contigência pode ser positivo para a Sabesp

Na última sexta, o governo de São Paulo anunciou um projeto visando a economia de água. Ele estabelece medidas graduais que podem incluir redução da pressão nas tubulações de distribuição por até 16 horas, utilização das reservas técnicas (volume morto) e, em casos mais severos, implantação de rodízios no fornecimento de água, caso haja risco iminente de colapso no sistema de abastecimento.

2025, vale lembrar, é o terceiro ano consecutivo com chuvas abaixo da média em São Paulo, e o volume de água armazenada segue em queda. Atualmente, o nível das represas está em 28,7% da capacidade total, o menor patamar desde a crise de 2014 e 2015.

O time de analistas do Santander também vê o plano como positivo para a Sabesp, uma vez que ele cria uma regra única e consolidada para como lidar com crises, trazendo maior visibilidade.

“Em crises anteriores, cada situação era tratada por meio de decisões isoladas e temporárias. Acreditamos que esses novos procedimentos aumentarão a transparência para consumidores e investidores, reduzindo surpresas desnecessárias”, diz o relatório.

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Atualmente, o Santander tem recomendação outperform (equivalente à compra) para as ações da Sabesp, com preço-alvo em R$ 133,11.

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Jornalista formado pela Unesp, tem passagens pelo InfoMoney, CNN Brasil e Veja.
vitor.azevedo@moneytimes.com.br
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