Salto de casos de coronavírus no Peru reflete aumento de testes

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Os casos confirmados de coronavírus no Peru mais do que triplicaram no prazo de uma semana e, para o governo do presidente Martín Vizcarra, os dados são um sinal de progresso.

O maior número de casos no país, agora o segundo em infecções na América Latina depois do Brasil, pode ser explicado por um aumento de 10 vezes do volume de testes.

Agora mais de 10.000 pessoas são testadas por dia em comparação com cerca de 1.000 por dia há apenas uma semana, quando autoridades estavam limitadas a usar testes moleculares, mais caros e mais escassos.

O Peru registrava 9.784 casos na segunda-feira. O número de mortes dobrou nos últimos sete dias, para 216, a quarta maior contagem na região, depois do Brasil, Equador e México.

O número de pessoas testadas aumentou para mais de 87.000, perdendo apenas para o Brasil, com uma população sete vezes maior.

Vizcarra, que fechou as fronteiras do Peru e decretou um confinamento nacional em 16 de março, dez dias após o registro do primeiro caso do vírus, disse estar satisfeito com o progresso do país em conter o surto.

Ele apontou a desaceleração do crescimento do número de pacientes que necessitam de hospitalização e respiradores como um sinal de que o país pode estar se aproximando de um ponto de inflexão.

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“Se a tendência for mantida ou melhorar, o fim deste confinamento pode estar à vista”, afirmou.

O Chile, com uma população de 18 milhões, possui cerca de 7.500 casos e realizou um número semelhante de testes ao do Peru. O México, por outro lado, com 126 milhões de habitantes, está aquém no número de testes e registra apenas 5.000 casos.