Santander corta projeção para o PIB de 2017 e 2018

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O Santander revisou para baixo as estimativas para o crescimento da economia brasileira para 2017 e 2018, mostra um relatório enviado a clientes nesta sexta-feira (18). A projeção para o PIB este ano passou de 0,7% para 0,5% e, para o próximo, de 3% para 2,5%.  

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Segundo o economista Mauricio Molan, os mercados financeiros globais têm vivido um período incomum de baixa volatilidade. Ele avalia que este é o principal motivo que fez o real ter um comportamento em relação ao dólar diferente do proposto pelo banco, de baixa, ao longo do ano.

“Ainda não estamos convencidos de que este ambiente de baixa volatilidade irá melhorar ainda mais ou se manter favorável por um tempo maior, tanto no front externo quanto no doméstico. Apesar disso, estamos incorporando a premissa de que este cenário benigno irá provavelmente continuar a ser um importante catalisador para os ativos no curtíssimo prazo”, diz o economista.

Com isso, a taxa de câmbio esperada por ele para 2017 foi revisada de R$ 3,50 para R$ 3,20 e de R$ 3,84 para R$ 3,50 em 2018. Para a inflação, os cálculos agora mostram um aumento de preços de 3,8% (de 4,2%) para este ano. Molan agora vê a Selic a 7,5%, de 8,5%, para o final de 2017 e de 2018.

“De acordo com nossos modelos, uma taxa de juros neutros no Brasil pode situar-se entre 3,5% e 5,5%. Uma ampla lacuna existente na economia (em termos de desemprego e utilização da capacidade) indica, em nossa visão, que as taxas de juros poderiam deslizar abaixo do ponto neutro e permanecerem lá por um ou dois anos”, avalia.