Copom

Santander indica papel do Tesouro Direto para encarar risco fiscal

05 dez 2017, 12:18 - atualizado em 27 set 2019, 13:51

Ainda apostando em títulos indexados à inflação, o estrategista do Santander Ricardo Peretti passou a recomendar o Tesouro IPCA+ 2024 neste mês de dezembro em vez do Tesouro IPCA+ 2026, com juros semestrais (sugerido em novembro), diante dos riscos de adiamento das reformas fiscais.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Gostou desta notícia? Receba nosso conteúdo gratuito

“Estamos reduzindo minimamente a duration (prazo) do título público recomendado, de maneira a garantir uma menor oscilação do PU (preço unitário) de nossa sugestão”, diz relatório enviado a clientes.

No documento, Peretti cita as articulações políticas finais em meio à dificuldade de aprovar a reforma da Previdência ainda neste ano. “Apesar da importância do tema do ponto de vista fiscal, a incerteza permanece grande em relação à probabilidade de aprovação.”

A falta de harmonia na política contrasta com a macroeconomia. Para o estrategista, indicadores seguem indicando expansão da atividade com inflação controlada. Um sinal verde para a continuidade do corte na taxa básica de juro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Para o mês de dezembro, acreditamos que a sinalização do Banco Central do Brasil em dar continuidade ao afrouxamento monetário já em curso, eventualmente levando a Selic abaixo do nível de 7% ao ano, favorecerá a performance dos títulos públicos.”

Por ora, a dúvida é se o patamar reduzido do juro básico será duradouro ou não. Nesta quarta-feira (6), o Comitê de Política Monetária do Banco Central deve atualizar o patamar da Selic, reduzindo-a em 0,5 ponto percentual, para 7% ao ano – o menor nível da história.

“De acordo com o formato da curva de juros, o mercado aguarda mais um corte de juros para a primeira reunião do Copom em 2018, desta vez menor, estabelecendo a Selic a 6,75% ao ano (em linha com as projeções do Santander)”, comenta Peretti.

Compartilhar

conrado.mazzoni@moneytimes.com.br