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Santander (SANB11): Citi liga sinal amarelo e ações caem forte; tombo já soma mais de 10% desde máximas

18 jul 2025, 12:55 - atualizado em 18 jul 2025, 16:48
Santander
O Safra também espera uma interrupção no ritmo de crescimento visto nos trimestres anteriores (Imagem: Leonidas Santana/iStock)

O Santander (SANB11) foi um dos bancos que surpreenderam no primeiro trimestre, o que fez a ação saltar 8% no dia da divulgação. Porém, o banco pode não repetir a façanha na segunda etapa do ano. Pelo menos não para analistas do Citi.

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Segundo os analistas, a filial do banco espanhol divulgará crescimento tímido da carteira, pressões no NII (margem financeira) de mercado e pouca evolução em eficiência.

“Colocamos, portanto, SANB sob “Negative Catalyst Watch”, esperando reação negativa do mercado aos resultados”.

  • Glossário: Negative Catalyst Watch significa que a casa de análise está monitorando a possibilidade de um evento próximo gerar uma reação negativa no preço da ação

O Citi ajustou as estimativas para baixo e reiterou o preço-alvo de R$ 28.

Na bolsa, a ação reagiu. Por volta das 13h15, a ação caia 2,86%, a R$ 26,95, enquanto outros bancos operavam próximos à estabilidade.

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Desde as máximas, em 1º de julho, a ação caiu 11%.

Santander: Citi não é o único

O Citi não é único a esperar desaceleração para o Santander.

O Safra também espera uma interrupção no ritmo de crescimento visto nos trimestres anteriores, impactado negativamente pelas flutuações cambiais.

Por outro lado, a margem com cliente deve seguir se beneficiando das margens de depósitos.

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Mesmo assim, a margem líquida ajustada de mercado deve voltar ao campo negativo, em -R$ 505 milhões — principal fator de pressão para o trimestre.

“Projetamos um custo de risco de 4,9% (+22 pontos-base em relação ao trimestre anterior), ligeiramente impactado por NPLs mais altos, conforme sugerido pela recuperação precoce da inadimplência no primeiro trimestre”, completa o relatório.

Já a Genial projeta que o Santander reporte um lucro líquido recorrente de R$ 3,82 bilhões, praticamente estável na comparação trimestral (queda de 0,9% t/t) — ainda que o primeiro trimestre seja sazonalmente mais fraco — e com alta anual de 14,8%.

O ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) deve atingir 16,8%, recuando 0,25 ponto percentual, mas com avanço de 1,56 ponto percentual no ano.

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A rentabilidade deve ser pressionada por dois fatores principais:

  • resultado negativo no NII Mercado, devido ao impacto da Selic elevada e estratégias de hedge mais defensivas, e
  • maior nível de provisões (PDD), refletindo a deterioração na qualidade das novas safras de crédito.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.