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Santander (SANB11): Genial prevê queda no lucro do 2T22 e diz que prefere outras ações do setor

11 jul 2022, 17:05 - atualizado em 11 jul 2022, 17:05
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Elevação da inadimplência e menor cobertura devem continuar pressionando provisões no trimestre. (Imagem: REUTERS/Kacper Pempel)

O Santander (SANB11) deve apresentar uma queda de 3,2% no lucro do segundo trimestre, na base anual, a R$ 4,039 bilhões, segundo relatório da Genial Investimentos.

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O retorno sobre capital deve cair 1 ponto percentual, para 19,9%, enquanto a receita total deve atingir R$ 16,9 bilhões, em alta de 6,2%. As provisões para perdas de crédito vão crescer 43,6%, a R$ 4,2 bilhões, diz a corretora.

A Genial diz que SANB11 não está cara ao valuation de 1,21x P/BV ( índice preço / valor contábil) para 2022 e 6,2x P/E (preço sobre lucro) para 2022.

No entanto, a corretora afirma que prefere outros nomes do setor, por conta do preço atrativo dos concorrentes e “melhor dinâmica de crescimento de lucro para os próximos anos”.

A corretora tem preço-alvo de R$ 31,80 para as ações do Santander – o que implica um potencial de alta de 11,5% -, com recomendação “manter”.

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“Dentre os grandes bancos, a dinâmica de lucro para o Santander é a que menos nos anima”, diz trecho do relatório assinado por Eduardo Nishio e Bruno Bandiera.

Para eles, a elevação da inadimplência e menor cobertura devem continuar pressionando provisões no trimestre e ao longo do ano e consequentemente o lucro do banco.

“Do lado das receitas, a sensibilidade a curva de juros deve continuar comprimindo o NII (receitas de juros), dada queda a/a da margem com mercado”, afirma.

Crédito ainda fraco do Santander

A Genial diz esperar que o Santander continue crescendo abaixo dos pares, após rever sua exposição a clientes em linhas de crédito mais arriscados, iniciada ainda em 2021.

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“Apesar do excelente trabalho apresentado pelo banco nos últimos anos, a expectativa de normalização da inadimplência em 2022 tende a gerar maior conservadorismo pelo Santander”, comentam os analistas.

Segundo eles, o maior conservadorismo é resultado do mix mais concentrado em crédito para PF (pessoa física), cuja inadimplência é mais elevada.

“Dentre os quatro grandes bancos, o Santander é o que tem maior exposição a crédito para PF (59% da carteira)”, afirmam.

No comparativo trimestral, diz a Genial, a expectativa é de aceleração do crédito, dada base comparativa mais fraca no 1T em função da sazonalidade. “Para o ano, esperamos um crescimento entre 5 e 10% da carteira de empréstimos”.

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NII: em linha com a carteira

Para a Genial, a margem com clientes do Santander deve seguir apresentando uma dinâmica positiva e a margem com mercado deve seguir pressionada.

“A margem com clientes vem sendo beneficiada pelo melhor spread e do mix de produtos. Esperamos uma margem com clientes crescendo em torno de 20% a/a no 2T”.

A margem com mercado fraca é resultado da sensibilidade negativa a movimentos da curva de juros, segundo a corretora.

O Santander pré-estabelece a remuneração do capital de giro na margem com clientes no começo do ano. Em 2021, a remuneração foi marcada na faixa dos 2% e o diferencial para a taxa efetiva (4-5%) circulou margem com o mercado.

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Em 2022, a taxa inicial de remuneração foi fixada em torno de 11-12%, gerando menor impacto na margem com mercado pelo patamar ser mais próximo a taxa efetiva. Para o ano, a Genial espera que o NII cresça em linha com a carteira.

Provisão: pagando a conta da menor cobertura

Para a Genial, a provisão deve continuar pressionada no ano, potencialmente apresentando uma melhora no final do ano.

“O Santander tem o menor índice de cobertura entre os grandes bancos, exigindo um maior provisionamento para compensar o ciclo de alta da inadimplência”, diz.

Se por um lado a revisão da exposição a clientes de maior risco gera um menor crescimento da carteira neste ano, ela poderá beneficiar a inadimplência e provisão mais a frente, avalia a corretora.

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“Os benefícios devem ter maiores impactos nos resultados em 2023. No entanto, esperamos que no 2T e 3T os níveis de provisão ainda sejam semelhantes ao do 1T”.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
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