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Santander (SANB11): Lucro avança mais 28% no 1T25, chega a R$ 3,9 bi e bate expectativas

30 abr 2025, 6:23 - atualizado em 30 abr 2025, 11:45
Santander
A cifra ficou acima do esperado pelo consenso reunido pela Bloomberg (Imagem: iStock/Lux Blue)

O Santander (SANB11) deu o pontapé inicial dos resultados dos bancões com lucro líquido gerencial de R$ 3,9 bilhões no primeiro trimestre de 2025, alta de 27,8% em relação ao mesmo período do ano passado, com aumento da carteira de crédito e da rentabilidade, mostra documento enviado ao mercado nesta quarta-feira (30).

A cifra ficou acima do esperado pelo consenso reunido pela Bloomberg, que aguardava lucro de R$ 3,6 bilhões.

Já o retorno sobre o patrimônio (ROE, na sigla em inglês), número olhado de perto por analistas, ficou em 17,4%, alta de 3,3 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado. 

Trata-se de uma surpresa, já que parte de analistas esperava uma queda no indicador. 

A XP, por exemplo, aguardava rentabilidade de 16,2%. Com isso, o banco segue com a sua recuperação, iniciada desde o quarto trimestre de 2023 após enfrentar deterioração da qualidade dos ativos no pós-pandemia.

A filial do banco espanhol, junto com o Bradesco (BBDC4), é apontada como uma das perdedoras com a esticada da Selic, a taxa básica de juros, que pode chegar a 15% em 2025.

Apesar disso, o Santander voltou a ganhar a confiança de algumas de análises, que veem o papel negociando a preços atrativos e com resultados melhores do que o esperado. No ano, a ação sobe cerca de 20%

A rentabilidade, porém, recuou 0,2 ponto percentual em relação ao quarto trimestre. O primeiro trimestre costuma ser fraco do que a última parte do ano.

No relatório, o CEO, Mario Leão, destaca que o resultado do reflete o foco na execução da estratégia construída ao longo dos últimos anos, voltada para uma operação cada vez mais diversificada, resiliente e rentável.

“Seguimos no caminho da evolução sustentável do nosso ROAE, com disciplina na alocação de capital, pautados por nossos pilares estratégicos e transformação constante”.

As receita totais ficaram em R$ 21  bilhões, elevação de 7% ante o mesmo período do ano passado, no que o banco classificou como ‘boa evolução’, puxado pela margem financeira, com incremento em margem com clientes, beneficiada por maiores volumes e spreads.

E por falar em margem financeira, a linha teve alta de 7,7% no ano e queda de 0,4%%, que alcançou R$ 15,9 bilhões. 

Expansão da carteira do Santander; e a inadimplência?

Mesmo com um início de ano mais fraco, o Santander continuou a expandir a carteira de crédito ampliada, que totalizou R$ 682 bilhões, alta de 4,3% na comparação no ano.

Já ante o quarto trimestre, a carteira se manteve estável, “com a manutenção na disciplina e foco na diversificação de risco dos portfolios e otimização da rentabilidade ponderada ao risco”. 

Entre os segmentos, o Santander cresceu mais em pequenas e médias empresas (13,2%) e financiamento ao consumo (15,7%) e caiu em pessoa física (2,3%).

Em relação ao índice de inadimplência, que mede a capacidade dos clientes de honrarem suas dívidas, o índice de 15 a 90 dias atingiu 4,1% em março de 2025, estável no trimestre e no ano.

Já acima de 90 dias, ficou em 3,3%, elevação de 0,2 ponto percentual em relação ao ano passado, puxado especialmente por empresas, com elevação 0,4 p.p. no ano.

Segundo o banco, em ambos os períodos houve melhora no índice de pessoa física, mas piora em pessoa jurídica (empresas).

No caso da provisão para perdas com empréstimos (PDD), houve aumento de 5,7% no montante provisionado, para R$ 6,3 bilhões, e alta de 7,7% em relação ao quarto trimestre.

Segundo o Santander, o aumento deve-se majoritariamente à implementação da Resolução CMN nº 4.966/21, além do menor resultado de recuperação de crédito no período.  

As despesas gerais totalizaram R$ 6,5 bilhões, elevação de 4,4%, impactadas principalmente pelo acordo coletivo 2024 aplicado sobre a base salarial dos colaboradores a partir do terceiro trimestre, além de maiores gastos com investimentos em tecnologia.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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