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Santander (SANB11): Lucro sobe 9% e vai a R$ 4 bilhões no 3T25, acima das expectativas; ROE também escala

29 out 2025, 6:19 - atualizado em 29 out 2025, 8:47
Santander
A cifra ficou acima do esperado pelo consenso reunido pela Bloomberg (Imagem: iStock/Lux Blue)

O Santander (SANB11) deu o pontapé inicial dos resultados dos bancões com lucro líquido gerencial de R$ 4 bilhões no terceiro trimestre de 2025, alta de 9,4% em relação ao mesmo período do ano passado, mostra documento enviado ao mercado nesta quarta-feira (29).

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A cifra ficou acima do esperado pelo consenso reunido pela Bloomberg, que aguardava lucro de R$ 3,7 bilhões.

Já o retorno sobre o patrimônio (ROE, na sigla em inglês), número olhado de perto por analistas, terminou o período em 17,5%, alta de 0,5  pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado e expansão de 1,2 ponto percentual no trimestre.

Média de cinco casas consultadas pelo Money Times aguardava retorno de 16,32%.

Antes do balanço, analistas esperavam resultados mistos para a filial do banco espanhol, após um segundo trimestre fraco.

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Até o momento, o banco vive uma montanha-russa de números. No primeiro trimestre, o banco até mostrou avanços.

Mas os meses entre maio e abril não foram tão bons, puxados por maiores provisões e receitas fracas.

Isso não impediu, no entanto, a ação de se recuperar 23% no ano, se aproximando das máximas, enquanto o Ibovespa renova recordes.

Desde que começou o seu processo de recuperação, após sequência de balanços negativos em 2023, o banco continua sua abordagem seletiva e conservadora na originação, priorizando segmentos de melhor risco-retorno.

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O Santander foi um dos primeiros a ajustar seu apetite de crédito, o que, na visão de algumas casas, o colocou em posição favorável para retomar o crescimento à medida que o ambiente de crédito se normalize.

De acordo com o CEO, Mário Leão, o banco segue com a mesma disciplina na alocação de capital, priorizando ativos de maior rentabilidade e qualidade enquanto, no passivo, “continuamos a otimizar o mix de captações, com maior representatividade da PF, reduzindo o custo de depósitos”.

“Estamos fortalecendo nosso balanço e construindo um portfólio cada vez mais resiliente para 2026. Na qualidade de crédito, observamos melhora no indicador de curto prazo, reflexo da maior qualidade das novas safra”.

Receitas e margens estáveis

Apesar disso, as receitas totais ficaram praticamente estáveis, a R$ 20,7 bilhões, alta de 1% no ano e 0,8% no trimestre, “com destaque para comissões”.

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“As comissões apresentaram boa performance tanto no ano quanto no trimestre, mantendo o foco na diversificação de receitas, mais balanceadas entre crédito e serviços”, explica.

Outra linha que não só cresceu como caiu foi a margem financeira, que somou R$ 15,2 bilhões, queda de 0,1% no ano e 1,2% no trimestre.

De acordo com o Santander, a margem foi impactada pelo maior número de dias úteis e pela sensibilidade negativa ao aumento da taxa de juros.

Em compensação, a margem com cliente aumentou 2,7%, a R$ 16,5 bilhões.

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Carteira cresce; e a inadimplência?

Mesmo com um início de ano mais fraco, o Santander continuou a expandir a carteira de crédito ampliada, que totalizou R$ 689 bilhões, alta de 3,8% no ano e 2% no trimestre. A maioria dos analistas via estabilidade para a linha.

O PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 0,4% no trimestre, após alta de 1,3% no trimestre anterior, refletindo desaceleração nos setores menos cíclicos, como agropecuário e construção, enquanto a indústria extrativa e serviços financeiros sustentaram algum fôlego.

De acordo com o banco, houve crescimento em todos os segmentos, “alinhado com a estratégia de disciplina na alocação de capital com foco nos negócios estratégicos, gestão de risco dos portfolios e rentabilidade”.

Na qualidade de crédito, o Santander até vê melhora da inadimplência de curto prazo (queda de 0,2 p.p. no trimestre), refletindo a melhor qualidade das novas safras.

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Porém, o índice acima de 90 dias segue pressionado (alta de 0,1 ponto percentual no ano e 0,3 p.p. no trimestre), com o ambiente macroeconômico mais desafiador.

Isso, no entanto, não foi suficiente para bater nas despesas com provisão para crédito duvidosos (PDD), colchão usado pelos bancos para se proteger de calotes.

Após subir os gastos no trimestre passado, houve redução de 5% em relação a esse trimestre, a R$ 6,4 bilhões.

Mesmo assim, não teve jeito. Com a Selic a 15%, houve alta de 10,9% no ano contra ano, impactado “tanto pelo cenário macroeconômico como pela implementação da Resolução CMN nº4.966/21”.

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As despesas gerais totalizaram R$ 6.423 milhões, com crescimento de 0,2% em três meses, impactadas por maiores despesas com depreciação e amortização no período, reflexo de maiores investimentos em tecnologia.

Na comparação anual, houve queda de 0,5%, abaixo do crescimento das receitas e da inflação no período, principalmente pela otimização do footprint e força de trabalho.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É também setorista de setor financeiro. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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