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Santander (SANB11): Os sinais negativos do balanço; ação chega a cair mais de 3%

30 jul 2025, 11:30 - atualizado em 30 jul 2025, 11:54
santander
Na bolsa, a ação chegou a cair mais de 3% no começo da sessão.(Imagem: Kaype Abreu/Money Times)

O Santander (SANB11) passou longe da euforia do primeiro trimestre e não conseguiu repetir o desempenho na segunda etapa do ano.

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Mais cedo, o banco reportou lucro de R$ 3,7 bilhões, alta de 10% no ano, é verdade, mas queda de 5% ante o primeiro trimestre, que é historicamente mais fraco.

Além disso, o número também não conseguiu bater a projeção da Bloomberg.

Na bolsa, a ação chegou a cair mais de 3% no começo da sessão. Por volta das 11h, no entanto, o papel ganhou força, mas operava ainda no negativo, a 0,91%.

Sinais negativos do Santander

Em seu relatório, o BTG disse que a combinação de volumes/empréstimos mais fracos, queda acentuada nos resultados de tesouraria e provisões para perdas com empréstimos mais altas explica o resultado abaixo do esperado.

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“O controle das despesas operacionais e outras receitas e despesas operacionais contribuíram, mas não foram suficientes para compensar os fatores negativos”.

Segundo o Safra, os números são ruins para a ação, que tomba mais de 10% desde as máximas do ano.

A casa diz que a qualidade dos resultados foi pior do que o esperado, com uma queda de 6% no NII (margem financeira) ajustado ao risco. E poderia ter sido pior, não fosse a dinâmica favorável de despesas operacionais (opex).

Por outro lado, o banco conseguiu manter a inadimplência acima de 90 dias controlada, puxado por um nível mais alto de baixas contábeis no trimestre.

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Mesmo assim, os impactos da economia mais fraca já são sentidos. Houve um aumento na inadimplência de curto prazo das PMEs (pequenas e médias emrpesas) e leve melhora no segmento pessoa física.

“Portanto, interpretamos os dados de qualidade de ativos de forma negativa, o que pode indicar menor apetite de risco à frente e possível queda nos lucros frente ao consenso”.

Para o Goldman Sachs, o lucro líquido recorrente veio 3% abaixo da estimativa.

Já o lucro antes dos impostos (EBT) caiu 12% no trimestre e ficou 9% abaixo da projeção, parcialmente compensado por uma alíquota de imposto mais baixa.

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“As receitas decepcionaram tanto nas tarifas quanto no NII, pressionado por juros mais altos e resultados mais fracos de tesouraria”.

Outro destaque negativo foram as provisões, que subiram 7% no trimestre, “refletindo a deterioração macroeconômica e o aumento de pedidos de recuperação judicial no setor rural”.

Tanto o Goldman quanto Safra possuem recomendação neutra para o papel.

Fracasso?

O BTG disse o mercado já esperava resultados mais fracos. Mesmo assim, o banco afirmou que o segundo trimestre foi um fracasso.

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Entre os pontos positivos, está a melhora na margem financeira e na margem de juros líquida, impulsionada pelo foco na alocação de capital e pela melhoria da carteira de depósitos, combinada com os ganhos de custo decorrentes da transformação digital.

“Mas a expansão mais fraca dos empréstimos e as crescentes preocupações com a deterioração da qualidade dos ativos no futuro, em nossa opinião, podem pesar sobre as ações. No início do ano, esperávamos que o primeiro trimestre fosse o mais fraco, com o ROE expandindo trimestre após trimestre — o que não se concretizou”.

CEO espera acomodação em provisões

Em teleconferência de resultados, o CEO do Santander, Mario Leão, acamou os ânimos ao dizer que o aumento de 17% das provisões irão se acomodar.

“Não esperamos que continue a deterioração em agro e ‘corporate’ para sempre…possivelmente vai ter alguns trimestres em que esses setores estarão desafiados por juros”.

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Ainda segundo ele, a antecipação do movimento de provisionamento “torna o portfólio cada vez mais saudável”.

Leão também afirmou que o Santander deve voltar a ver crescimento no portfólio de risco sacado do banco no terceiro trimestre, após recuo relevante nessas operações no segundo trimestre em razão das mudanças envolvendo o IOF.

Com informações da Reuters

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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