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Santander (SANB11): Por que mercado pode esperar lucro menor em 2023, segundo Inter

17 jan 2023, 11:08 - atualizado em 17 jan 2023, 11:08
Santander
Santander: Recomendação “neutro” foi reforçada pelo Inter (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Inter Research cortou o preço-alvo da unit do Santander Brasil (SANB11) de R$ 37 para R$ 34 ao fim de 2023 após ajustar a tese de investimento com novas expectativas, passado o balanço do terceiro trimestre de 2022.

A recomendação “neutro” foi reforçada, uma vez que a instituição projeta um ano de menor lucratividade para a companhia e uma dificuldade maior de retornar aos níveis de ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) acima de 20% nos próximos anos.

As expectativas foram ajustadas para considerar:

  • NII (margem financeira líquida) mais fraco com redução dos spreads com mix de menor risco e resultado ainda negativo com tesouraria;
  • inadimplência no varejo bancário afetando a qualidade de crédito do banco em pessoas físicas;
  • custo do risco pressionando os resultados; e
  • maior seletividade, causando uma desaceleração na originação de crédito.

“Após incorporar as expectativas para os próximos resultados do banco, esperamos que a rentabilidade do Santander possa permanecer abaixo de 20%, principalmente por um nível de custo do risco maior e NII refletindo menores spreads, resultando em 2023 em um ROAE (retorno sobre o patrimônio líquido médio) de 16% para 2023 e 17% para 2024”, comenta o analista Matheus Amaral, em relatório publicado na sexta-feira (13).

O Inter estima lucro líquido de R$ 14 bilhões para o Santander em 2023, abaixo dos R$ 14,4 bilhões esperados para a companhia no acumulado de 2022. A divulgação dos resultados do quarto trimestre está marcada para o dia 2 de fevereiro de 2023.

Eficiência

Apesar dos desafios, um ponto positivo destacado pelo Inter é o avanço nos dados operacionais em função da agenda passada de M&As (fusões e aquisições) e da estratégia digital do banco.

Os esforços proporcionaram ao Santander um crescimento anual de 14% no número de clientes vinculados, de 9% em clientes digitais e de 6% em clientes ativos totais, destaca o Inter.

“Por outro lado, os custos operacionais devem continuar pressionados pela inflação e pela estratégia de interiorização da rede em contrapartida de transformação de agências em unidades de negócios mais leves em termos de custos”, pondera Amaral.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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