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Risco à vista: Como bloqueio no Canal de Suez e seca no Canal do Panamá pode afetar esta ação?

18 jan 2024, 15:28 - atualizado em 18 jan 2024, 15:28
santos brasil ação
Impactos diretos e indiretos pode pesar sobre Santos Brasil, segundo o BTG Pactual; ainda vale manter a ação na carteira? (Foto: Porto de Santos)

BTG Pactual reuniu questões sobre os possíveis impactos do bloqueio do Canal de Suez pelos Houthis e grave seca na região do Canal do Panamá na ação da Santos Brasil (STBP3)

Enquanto o bloqueio no Canal de Suez pode resultar em apenas impactos indiretos, como aumento do tempo de transporte e tarifas de frete de contêineres mais altas, a seca no Panamá poderia aumentar temporariamente os volumes de transbordo em Santos devido ao redirecionamento.

Ainda assim, o BTG não considera que nenhum dos problemas seja relevante o suficiente para alterar a perspectiva de volume para 2024 em Santos, especialmente se forem apenas temporários.

O banco já conta com premissas conservadoras de volume em 2024 para Santos Brasil (crescimento de volume de 3% a 4% ao ano), enquanto a melhoria dos preços deve impulsionar a expansão do Ebitda.

Entre os principais riscos para a ação estão a concorrência no Porto de Santos e a dependência governamental. Isso porque a capacidade de crescimento da Santos Brasil está intimamente ligada à melhoria contínua, expansão e manutenção da infraestrutura de transporte (principalmente redes ferroviárias e rodoviárias) à qual está conectada, bem como a manutenção e melhoria do calado de pontos de atracação.

O BTG Pactual tem recomendação de compra para STBP3 e preço-alvo de R$ 13,00.

Por trás dos problemas em Suez e no Pananá

Em Suez, muitos navios de contêineres foram redirecionados ao redor do sul da África para evitar o Canal de Suez devido à interrupção causada por grupos Houthi atacando embarcações ao longo da costa ocidental do Iêmen.

O desvio adiciona cerca de 6 mil milhas náuticas a uma viagem típica da Ásia para a Europa, potencialmente aumentando os tempos de entrega de produtos em 3 a 4 semanas.

No Panamá, por meses, uma seca severa tem causado grandes congestionamentos no Canal. A seca, que pode ter sido exacerbada pelas mudanças climáticas, deixou os níveis de água do canal mais baixos do que nunca, forçando a passagem de menos navios.

As restrições levaram a atrasos, aumento dos custos de transporte e incerteza sobre o futuro de um dos principais pontos do comércio mundial.



De forma geral, o BTG não antecipa mudanças significativas na perspectiva de volume para Santos este ano devido aos problemas nos canais. O banco já incorpora premissas conservadoras de volume em 2024 em Santos, considerando que dados históricos de movimentação de contêineres indicam que os volumes do porto não se desviam significativamente do desempenho do PIB do país.

Apesar de adotar uma visão conservadora no lado operacional, vale ressaltar que os desenvolvimentos regulatórios têm sido favoráveis para a empresa. Entre eles estão a renovação da concessão da BTP e a decisão da Autoridade Portuária de Santos de não prosseguir com o leilão do terminal STS10.

Essas decisões contribuem para aumentar o valor estratégico de terminais portuários incumbentes como o Tecon Santos da Santos Brasil.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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