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SBFG3: Por que ação do dono da Centauro e da Fisia despenca 6%, apesar de boas receitas no 2T22?

02 ago 2022, 15:16 - atualizado em 02 ago 2022, 15:16
Centauro
Mercado reage mal à divulgação dos resultados trimestrais da companhia (Imagem: Money Times/Márcio Juliboni)

O Grupo SBF (SBFG3) reportou um bom desempenho de receita no segundo trimestre do ano, de acordo com analistas.

Ainda assim, o mercado reage mal à divulgação dos resultados trimestrais da companhia, que vê suas ações caindo nesta terça-feira (2). Por volta das 15h05, os papéis do varejista recuavam 6,25%, a R$ 20,55. Na mínima do dia até o momento, chegaram a cair 7,7%, a R$ 20,22.

Apesar da expansão anual de 30,3% na receita líquida, para R$ 1,46 bilhão, com avanço nas receitas da Centauro e da Fisia, a rentabilidade decepcionou no curto prazo, embora o movimento não fosse totalmente inesperado, destaca o Bradesco BBI.

“A administração vem sinalizando investimentos adicionais em várias partes do negócio (por exemplo, marketing, logística, tecnologia e pessoas)”, ressaltam os analistas Richard Cathcart e José Cataldo, em relatório publicado pela Ágora Investimentos nesta terça.

O BBI já projetava uma reação negativa para as ações do Grupo SBF, pois uma rentabilidade menor pode diminuir as expectativas para o resto do ano.

O Itaú BBA ressalta que tais investimentos já começaram a dar resultados, incluindo:

  • a migração total do sistema ERP, que permite a implementação de diversos projetos; e
  • a migração do fluxo orgânico da Nike.com, que responde por 35% do fluxo total, para a plataforma proprietária do Grupo SBF.

“Essas (em conjunto com outras) estratégias são esperadas para render sinergias de despesas daqui para frente, retomando a lucratividade a níveis mais elevados”, afirma.

“A Centauro também começou a rodar sua estratégia para a Copa do Mundo (com produtos começando a ser vendidos neste mês), o que acreditamos que pode ser o principal catalisador para um momentum operacional forte para SBFG3 no segundo semestre de 2022”, acrescenta o BBA.

O BTG Pactual (BPAC11) destaca que a margem bruta de 45,8% veio em linha com o esperado, embora tenha caído no comparativo anual, pressionada por uma maior participação da Fisia, que conta com menor margem bruta.

Individualmente, destaca o banco, a margem da Centauro caiu 10 pontos-base ano a ano, visto que uma política de precificação mais racional nas lojas foi mitigada pelo fim dos benefícios DIFAL e por um cenário mais competitivo.

“No geral, o Ebitda (pós-IFRS 16) foi de R$ 155 milhões (9% abaixo das nossas expectativas), com margem Ebitda de 10,6% (-120 pontos-base abaixo da gente; -270 pontos-base ano a ano), direcionado por despesas maiores que o esperado”, reforça o BTG.

Valuation atrativo

O BTG passou a adotar uma visão mais otimista sobre o Grupo SBF, após sinais de recuperação nos últimos trimestres.

Pela posição de liderança em um segmento altamente fragmentado (artigos esportivos) e uma sólida estrutura de capital, o banco enxerga grande espaço para ganho de participação de mercado. Além disso, as operações digitais da Nike estão crescendo em ritmo rápido, o que, juntamente com o valuation atrativo da ação do grupo, sustenta a perspectiva positiva dos analistas.

O BTG tem recomendação de compra e preço-alvo de R$ 34 para as ações. O BBI também indica compra, com preço-alvo inalterado de R$ 32 para 2022.

O BBA está com recomendação de “outperform” (desempenho esperado acima da média do mercado, equivalente a “compra”), com preço justo de R$ 35 ao fim do ano.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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