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Se confirmado embargo francês à soja ‘legal’, abre-se novo capítulo do cerco ao Brasil

23 nov 2020, 10:41 - atualizado em 24 nov 2020, 16:32
Soja Grãos Commodities Agricultura Agronegócio
França pode estar abrindo um novo capítulo sobre a soja barrada brasileira, agora de áreas legais (Imagem: Reuters/Jorge Adorno)

Que cresce o cerco às importações de produtos agropecuários do Brasil pela Europa não há dúvida, na sequência do alarme dado pelas queimadas que aumentaram em 2020.

Mas a valer a verdade sobre barreiras para produtos de terras legais, comprometidas com o Código Florestal, abre-se uma nova perspectiva.

O embargo de soja e carne bovina de áreas desmatadas ilegalmente já é aplicado, ou se espera que os exportadores exerçam o que dizem fazer: não originarem de áreas com litígios.

A entidade ambientalista internacional Mighty Earth comentou que as redes de supermercados Carrefour (CRFB3), Casino, Auchan, Lidl, Système U, Mousquetaires e Leclerc também vão barrar dos exportadores a soja e derivados produzidas em áreas sem litígios, e citou diretamente as trandings Cargill e Bunge. Também citou declarações de executivos das companhias.

Muito embora a soja consumida na Europa seja mais de 90% transformada em ração animal, portanto a venda em supermercado é residual – o grosso é comprado pelos criadores -, se prevalecer o anúncio será mais um capítulo que perigosamente se abre.

As redes citadas pela ONG não se pronunciaram oficialmente – e especificamente – sobre esse possível embargo a soja originada em áreas de plantações legalizadas no Brasil.

Em 2019, a França foi o terceiro maior destino do farelo de soja brasileiro, com US$ 584,6 milhões de divisas geradas ao Brasil.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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