Política

Se Congresso abrir mão de R$ 15 bi do Orçamento, manifestação de domingo perde força, diz Bolsonaro

09 mar 2020, 20:50 - atualizado em 09 mar 2020, 20:54
Jair Bolsonaro
Segundo Jair Bolsonaro, se o Congresso desistisse da proposta de manter o controle sobre 15 bilhões de reais do Orçamento, as manifestações marcadas para aquele dia poderiam nem acontecer (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira, a uma plateia de apoiadores em Miami, que se até o dia 15 de março o Congresso desistisse da proposta de manter o controle sobre 15 bilhões de reais do Orçamento, as manifestações marcadas para aquele dia poderiam nem acontecer, ou ao menos não terem a mesma força.

Os 15 bilhões de reais do Orçamento que ficaram sob o comando do Congresso, como emendas do relator, são parte de um acordo negociado entre o Executivo e os parlamentares –com aval do presidente– para permitir a manutenção dos vetos de Bolsonaro a partes da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2019 que tratavam do Orçamento Impositivo e aumentavam o poder do Congresso de definir a alocação e prazos das emendas parlamentares.

Ao falar para cerca de 300 apoiadores, o presidente afirmou que os políticos devem “obedecer o povo” e que o que o povo quer agora é que o Parlamento “não seja dono de 15 bilhões de reais”.

Grupos de apoio ao presidente convocaram as manifestações de 15 de março, alguns deles com o objetivo de protestar contra o Congresso e o Judiciário.

Em seu discurso em Miami, no entanto, o presidente ressaltou que, para ele, a manifestação do próximo domingo não é contra o Parlamento ou o Judiciário.