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Se deságio compensar, antecipar recebíveis é opção ante mistura explosiva de crise econômica e política

20 jul 2022, 16:33 - atualizado em 20 jul 2022, 16:53
Renda Fixa
Custo do dinheiro fica mais caro e empresas procuram modelos de captação de recursos (Imagem: Adobe Stock/Montagem Giovanna Figueiredo)

Em meio à espiral de volatilidade econômica e política, as empresas que precisam de fluxo de caixa nas operações futuras de mercado interno estão aumentando a diversificação das origens de recursos. A antecipação de recebíveis é um dos caminhos para o funding.

A pauta deve estar presente entre as indústrias de alimentos, a grande base setorial secundária, e fortemente dependente do mercado doméstico e de capital de giro buscado nos bancos.

E, de certa maneira, deverá chegar também ao produtor rural, o fornecedor de matéria-prima, diante dos finitos recursos subsidiados dos planos governamentais, como o Safra, e tendo que recorrer ao mercado de juros livres.

Não à toa empresas como a Sonhagro, rede mineira intermediadora de crédito aos produtores rurais, está estudando meios de viabilizar esse nicho de negócios, como informa o CEO Romário Alves.

Desde que as contas fechem, entre o deságio que as instituições oferecem para o sacado, já que o dinheiro vai demorar a chegar, e aquilo que os bancos cobrariam pelos empréstimos convencionais, a modalidade pode compensar.

Além da taxa Selic em 13,25%, podendo chegar a 13,75% ou mais ao final de 2022, o risco político deverá começar a ficar mais presente no custo dos tomadores.

Como mostrou pesquisa da Fiesp feita na primeira quinzena de junho, 45% das indústrias pesquisadas também procuraram modelos de receber pelas duplicatas e faturas que ainda vencerão sobre as vendas.

Na Liber Capital, a informação é de que no primeiro trimestre do ano, a movimentação de antecipação de recebíveis foi de R$ 6,1 bilhões, três vezes acima do mesmo período de 2021.

Empresa especializada no ramo, que anuncia a presença de 15 bancos, 68 fundos e 1,3 mil investidores na sua plataforma, explicou ao Money Times que o “deságio está atrelado a cada operação e depende muito dos riscos avaliados em cada empresa, dessa forma os financiadores não têm um valor fixo de taxa, depende muito do dia e do sacado”.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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