Pecuária de corte

Se frigorífico sai da compra de boi, produtor também pode sair da venda, insiste GPB

17 nov 2020, 13:45 - atualizado em 17 nov 2020, 13:53
Gado Boi Carnes
Boi de confinamento a venda só se ciclo de engorda estiver esgotado (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

Não está claro se os frigoríficos estão conseguindo driblar as necessidades de compras de boi ou mesmo se esse movimento, bastante comentado desde a semana passada, é contínuo ou intercalando a saída do mercado, dia sim, dia não.

Money Times confirmou essa ação, também considerada coordenada entre os grandes, na quinta passada (12), quando o boi caiu. Na sexta, houve pequena alta. Nesta segunda, baixas ou estabilizações.

Pelas dúvidas, produtores e entidades de referência estão aumentando a campanha para que evitem a “armadilha”, reforçando recomendações bem conhecidas, da cobertura das urgências à comercialização pequena e picada.

Do Grupo Pecuária Brasil (GPB), o coordenador Oswaldo Furlan, toca em um dos pontos cruciais, que é o apelo para só vender quem tem compromissos financeiros vencendo e sem caixa para honrá-los.

Entre também os mais premidos pelas necessidades, a recomendação é para a venda somente para os donos de boiadas com ciclo completo de confinamento, de 130 dias, pois passando esse tempo há o risco do efeito sanfona nos animais, como perda de peso.

Furlan adiciona, ainda, os pecuaristas que já ficaram sem estoques de rações e outros insumos usados na engorda a cocho.

Para os mais folgados, tanto financeiramente quanto em relação às variáveis técnicas do negócio do boi, ou que ainda conseguem manobrar algumas urgências, a pedida de sempre é a parcelização das vendas, a comercialização a conta gotas e com o máximo possível de compradores.

“Só o estritamente necessário, de preferência para as indústrias menores, deixando os grandes sem boi na escala”, afirma, fazendo menção ao poder dos players compradores na pressão sobre a oferta.

A proposta costumeira é não deixar as escalas andarem. “Se eles (frigoríficos) podem sair das compras, nós podemos sair das vendas”, completa.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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