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Se o Brasil ‘der muito errado’, estas 4 ações vão sobreviver, defende gestor da GTI

08 maio 2025, 15:33 - atualizado em 08 maio 2025, 15:34
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Gestores olham para o agronegócio ao ponderarem sobre ações para o longo prazo (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Se o Brasil “der muito errado”, as apostas de André Gordon, gestor da GTI Administração de Recursos são as ações de três empresas de commodities e uma agrícola.

Durante sua participação no TAG Summit 2025, na quarta-feira (7), o gestor afirmou que o seu portfólio conta com Vale (VALE3), Suzano (SUZB3), Gerdau (GGBR4) e uma posição pequena em CBA (CBAV3), além da agrícola SLC (SLCE3).

“São empresas que se o Brasil der muito errado, talvez a CBA possa sofrer um pouquinho, mas as demais se defendem bem”, disse.

Gordon conta que Gerdau é um dos ativos que ele carrega há mais tempo, continuamente. “A gente ganha dinheiro com Gerdau”.

Ele defende que a companhia paga muito dividendo, dá oportunidade de arbitrar ação ordinária com preferencial e tende a se beneficiar em meio a movimentos da guerra comercial nos Estados Unidos.

Por outro lado, Vale é a que mais carrega incerteza. Ele aponta que a empresa está barata, gerando caixa, tem minério de qualidade e endereçou questões como Brumadinho e Mariana. No entanto, não se sabe o que irá ocorrer com a China, que tem impacto direto na mineradora, disse.

As ações para o longo prazo

No painel que tratou sobre a Bolsa brasileira, André Gordon, Hegler Horta, sócio da Kapitalo Investimentos, e Marcio Luis Pereira, co-gestor de renda variável e head de research da Icatu Vanguarda, foram questionados sobre a ação que deixariam para seus filhos ganharem daqui a 25 anos.

Ao pensarem no longo prazo, os gestores refletiram que é difícil ignorar o alto nível de ciclicidade que impactam os ativos brasileiros, além de fatores como o cenário político, que é capaz de mudar significativamente o andamento do mercado, especialmente no que diz respeito à condução da política fiscal.

Marcio Pereira escolheu Suzano (SUZB3), dada a natureza do negócio e o potencial de geração de caixa.

“É um case que apresenta uma saúde financeira, se mostrou resiliente em vários períodos e tende a ser vencedor quando olhamos um período longo. 20 anos talvez seja bastante, mas é um case que tende a se sair muito bem em um longo período”, disse.

Hegler Horta destacou que portfólios mudam de acordo com a situação e a Kapitalo não tende a olhar para um período de tão longo prazo. A exemplo da dificuldade de traçar o cenário, recorda que apenas nos últimos 10 anos ocorreu impeachment, pandemia e juros indo de 2% a próximo de 15%.

Apesar disso, ele também escolhe Suzano como uma boa opção, tendo em vista que conta a vantagem de produzir um produto básico e a menor custo, dessa forma, teoricamente vai durar por muitos anos.

André Gordon também destacou que ciclos mudam muito e em 20 anos empresas podem, inclusive, deixar de existir.

“Eu me pergunto, o que no Brasil tem maior chance de sobrevivência? Se fosse alguns anos atrás, eu até falaria Itaú, porque banco era um bom negócio, hoje eu já não falaria nenhum banco, eu não citaria”, ponderou.

Ele defende que o Brasil tem vocação natural para o setor agro. Nesse sentido, ele escolhe as ações da SLC Agrícola, tendo em vista que ela possui terras próprias, arrenda terras e conta com uma boa produtividade.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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