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Seca voltou? Soja sobe e milho dispara após fecharem quarta em queda após USDA

13 jul 2023, 17:16 - atualizado em 13 jul 2023, 17:21
soja milho seca clima
O foco voltou ao “mercado de clima”, já que os boletins indicam poucas chuvas e temperaturas elevadas nos EUA, principalmente para o milho (Imagem: REUTERS/Agustin Marcarian)

soja, o milho e o trigo fecharam com movimentos de alta entre as principais commodities agrícolas na bolsa de Chicago (CBOT) nesta quinta-feira (14).

As altas acontecem o contrato dos grãos fecharem com forte alta ontem (13), após o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.

Ontem, o mercado reagiu negativamente ao relatório de julho do USDA, que não alterou a produtividade prevista para a safra americana.

Com isso, as estimativas de produção e estoques finais ficaram acima do esperado, impondo peso sobre as cotações.

Hoje, o foco voltou ao “mercado de clima”, já que os boletins indicam poucas chuvas e temperaturas elevadas no cinturão produtor americano, o que poderá comprometer o potencial produtivo.

No entanto, de acordo com analistas das Safras & Mercado, ainda é cedo para falar de uma seca de fato.

Confira o fechamento das commodities:

Cultura Vencimento Valor (US$) Variação (%) Variação (Cents)
Soja (CBOT) Julho 15,18 1,98 29,50
Milho (CBOT) Setembro 4,93 3,62 17,25
Trigo (CBOT) Julho 6,27 1 6,25
Café (ICE) Julho 1,59 0,37 0,60
Açúcar (ICE) Setembro 0,24 0,41 0,001
Fonte: Safras & Mercado

Relatório de oferta e demanda para soja, milho e trigo

Soja

O relatório indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,3 bilhões de bushels em 23/24, o equivalente a 117,03 milhões de toneladas.

O número ficou pouco acima da previsão do mercado, que era de 4,250 bilhões de bushels, ou 115,66 milhões de toneladas.

No relatório anterior, a previsão era de 4,510 bilhões ou 122,74 milhões de toneladas, o que explica o viés baixista.

Milho

Para o milho, o USDA indicou a produção 23/24 dos EUA em 15,32 bilhões de bushels. O mercado esperava 15,149 bilhões de bushels. No mês passado, o USDA tinha projetava 15,265 bilhões de bushels.

Por outro lado, para a produtividade, o departamento indicou 177,5 bushels por acre, enquanto o mercado esperava 175,8 bushels por acre. Em junho, os números indicavam 181,5 bushels por acre.

Trigo

Já para o trigo, que apresentou a queda percentual mais forte da quarta, o relatório de oferta e demanda de julho do USDA estimou os estoques finais de trigo 23/24 nos EUA em 16,12 milhões de toneladas, contra 15,28 milhões de toneladas de junho e 15,79 milhões de toneladas da temporada anterior.

O mercado projetava 15,56 milhões de toneladas.

Assim, para a produção, a estimativa é de 47,33 milhões de toneladas, acima dos 45,32 milhões de toneladas do mês anterior e dos 44,90 milhões de toneladas do ano comercial anterior. A estimativa do mercado era de 45,64 milhões de toneladas.

No entanto, a produção global foi estimada em 266,53 milhões de toneladas de estoques finais em 23/24, abaixo dos 270,71 milhões de toneladas estimados em junho e dos 269,31 milhões de toneladas do último ano comercial.

O mercado projetava 270,8 milhões de toneladas.

Dessa forma, a produção mundial foi estimada em 796,67 milhões de toneladas, contra 800,19 milhões de toneladas do mês anterior e 790,20 milhões de toneladas da temporada passada.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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