Economia

Segundo este dirigente, o Fed está prestes a conseguir uma façanha histórica

28 set 2023, 16:57 - atualizado em 28 set 2023, 16:57
Federal Reserve Inflação Juros
Fed pode realizar uma façanha histórica (Imagem: flickr/ Federal Reserve)

O Fed está no caminho de realizar uma façanha. É o que pensa Austan Goolsbee, presidente da distrital de Chicago, e membro votante do comitê de política monetária do Fed, o Fomc.

Em um evento organizado pela própria autarquia — e que terá o próprio Jerome Powell falando às 17h (horário de Brasília) — Goolsbee declarou que exiseste uma possibilidade concreta do Fed conquistar “algo raro”: controlar a inflação, sem que o desemprego dispare, ou que a economia entre em uma recessão.

Segundo fala do dirigente, repercutida originalmente pela Reuters, apostar as fichas no trade-off entre inflação e desemprego “traz o sério risco de um erro de política monetária no curto prazo”.

A declaração de Goolsbe destoa da visão mais tradicional de que a desinflação da economia exige uma dor econômica significativa na forma de aumento de desemprego e desaceleração do crescimento.

Como justificativa, o dirigente lembra de uma pesquisa recente publicada pelo próprio Fed, em que se projeta a convergência da inflação aos 2%, sem a necessidade de novos aumentos.

“Manter as correlações históricas simples do que o crescimento e as condições do mercado de trabalho significam para a inflação em face de desdobramentos positivos na oferta é uma receita para ultrapassar a meta e causar uma desaceleração desnecessária”, pontuou o dirigente.

A inflação que eclodiu em 2021 foi em grande parte impulsionada por choques de oferta e escassez de mão de obra que diminuíram gradualmente, disse ele, o que tornou menos necessário desestimular a demanda com juros altos que prejudicariam o emprego e o crescimento no processo.

Em meio a evento do Fed, mercado experimenta ‘cessar-fogo’ de Treasuries

Os mercados acionários usufruem de um dia de calmaria, após a longa tempestade que vem atingindo as Treasuries americanas.

Os três principais índices de Nova YorkDow Jones, S&P 500 e Nasdaq Composite — encaminham ganhos sólidos na sessão, aproveitando alívio na liquidação dos títulos da dívida americana.

Taxas das  T-notes de 10 anos recuaram 0,37 pontos-base, com relação à véspera, para o patamar de 4.585%. Já as T-bills de 2 anos regressaram 0,74 pontos-base, aos 5,067%.

Apesar do descanso, os principais títulos do mercado ainda transitam em máximas históricas, o que vem aumentando a preocupação de que algo “quebre” na economia americana.

Nesse sentido, uma das taxas mais vigiadas, devido a sua importância para o mercado imobiliário, é a taxa hipotecária. De acordo com dados do Freddie Mac, a taxa de hipoteca fixa de 30 anos saiu de 7.19% para 7.31%, em um movimento de elevação de risco que replica o observado no mercado geral de títulos.

Cada vez mais próximas dos 8%, as taxas hipotecárias devem buscar máximas pela última vez há 23 anos.

Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
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