Morning Times

Com Selic a 15% dada como certa, cresce pressão de Brasília sobre Galípolo; o que esperar do Ibovespa nesta quarta (5)

05 nov 2025, 7:15 - atualizado em 05 nov 2025, 7:15
tesouro direto gabriel galípolo banco central inflação selic
Mercado já dá como certa a manutenção da Selic em 15%, mas atenção se volta ao tom do comunicado e às pressões políticas por cortes de juros. (REUTERS/Adriano Machado)

Todo mundo já sabe o resultado do evento mais aguardado do dia: o Comitê de Política Monetária (Copom) deve manter a Selic em 15% ao ano na reunião desta quarta-feira (5).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O foco, agora, está nos próximos passos do Banco Central. Os mais otimistas acreditam que o ciclo de cortes pode começar em dezembro, enquanto a maioria dos analistas projeta o início apenas em janeiro. Já os mais cautelosos apostam que o afrouxamento monetário só virá em março de 2026.

O tom do comunicado do Copom será crucial para calibrar as apostas do mercado sobre o ritmo e o momento da futura redução dos juros.

No fim de outubro, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, afirmou estar “bastante incomodado” com o fato de a inflação e as expectativas dos economistas ainda estarem acima da meta. Segundo ele, o cenário exige a manutenção dos juros elevados por mais tempo, para assegurar que o processo de desinflação siga adiante.

Mas a pressão política aumenta em Brasília. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar o nível da taxa básica, dizendo que o tema precisa de atenção para que “baixe um pouco”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, também engrossou o coro de críticas, classificando a política monetária atual como equivocada.

“Essa taxa de juros estratosférica começou incentivada pelo Roberto Campos Neto, que fez terrorismo fiscal: ‘As contas não estão em dia, tem que aumentar os juros’. O Galípolo, quando assumiu, indicado pelo presidente, continuou essa escalada”, afirmou.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi o mais recente a se juntar às críticas. Na terça-feira (4), ele reforçou que os indicadores econômicos mostram melhora e defendeu uma redução da Selic.

“Não tem como sustentar 10% de taxa de juros real. Com inflação a 4,5%, como manter a Selic em 15%?”, questionou.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ibovespa

Por aqui, a atenção continua na temporada de balanços do terceiro trimestre (3T25). Entre os destaques estão os resultados da Brava Energia (BRAV3), Méliuz (CASH3), C&A Modas (CEAB3), Eletrobras (ELET6), Engie Brasil (EGIE3), Minerva (BEEF3), Petz (PETZ3), Totvs (TOTS3), Vibra (VBBR3), Guararapes (GUAR3), CSN (CSNA3) e CSN Mineração (CMIN3).

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado adiou para esta quarta-feira a votação do projeto de lei que amplia a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil.

No último pregão, o Ibovespa (IBOV) terminou em alta de 0,17%, aos 150.704,20 pontos, no maior nível nominal histórico. O recorde anterior era da sessão anterior, quando encerrou o dia aos 150.454,24 pontos. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O Ibovespa também renovou o recorde intradia ao atingir os 150.877,55 pontos no final da manhã. A máxima anterior foi registrada na véspera, aos 150.761,29 pontos. 

Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,3989, com alta de 0,77%

O iShares MSCI Brazil (EWZ), o principal fundo de índice (ETF) brasileiro em Nova York, cai 0,32% no pré-market, cotado a US$ 31,08.

Mercados internacionais

No exterior, os investidores acompanham de perto o relatório de empregos privados da ADP em busca de novos sinais sobre a força do mercado de trabalho americano. O shutdown do governo, que já se tornou o mais longo da história dos Estados Unidos, completa 35 dias e continua atrasando a divulgação de dados econômicos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Além disso, as tarifas impostas por Donald Trump passam por um teste decisivo: a Suprema Corte analisa um caso que questiona a autoridade legal do presidente para implementar as medidas mais amplas.

Nos mercados, as bolsas asiáticas fecharam mistas. Os principais índices europeus recuam, enquanto os futuros de Nova York operam sem direção definida nas primeiras horas do pregão.

  • Petróleo: Os preços do petróleo operam em alta nesta manhã.
  • Criptomoedas: Os principais criptoativos operam no negativo. O bitcoin (BTC) é negociado nos US$ 101 mil, apresentando uma queda de 1,9%. Já o ethereum (ETH) recua 5,3% e é negociado nos US$ 3.300.

Agenda: Veja a programação para hoje

Indicadores econômicos

  • 06h – Zona do euro – PMI composto
  • 06h30 – Reino Unido – PMI composto
  • 07h – Zona do euro – PPI de setembro
  • 10h15 – EUA – ADP
  • 11h45 – EUA – PMI composto
  • 12h00 – EUA – PMI industrial
  • 18h30 – Brasil – Decisão de política monetária do Copom
  • 21h30 – Japão – PMI composto

Agenda – Lula

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
  • 09h – Audiência ao Presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Sidi Ould Tah
  • 09h50 – Reunião bilateral com o Presidente da República do Congo (Congo Brazzaville), Denis Sassou N’Guesso
  • 10h40 – Reunião bilateral com o Presidente da República da Finlândia, Alexander Stubb
  • 11h30 – Reunião bilateral com o Presidente de Comores, Azali Assoumani
  • 14h20 – Reunião bilateral com o Primeiro-Ministro de Papua-Nova Guiné, James Marape
  • 15h10 – Reunião bilateral com a Presidenta da República do Suriname, Jennifer Geerlings-Simons
  • 16h – Reunião bilateral com o Vice-Primeiro-Ministro do Conselho de Estado da República Popular da China, Ding Xuexiang
  • 16h50 – Reunião bilateral com a Presidenta da República de Honduras, Xiomara Castro
  • 17h40 – Reunião bilateral com a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen

Agenda – Fernando Haddad

  • A agenda do ministro não foi divulgada

Agenda – Gabriel Galípolo

  • 10h – ​Participa da primeira sessão da Reunião do Copom – Análise de Conjuntura
  • 14h30 – ​Participa da segunda sessão da Reunião do Copom

Morning Times: Confira os mercados nesta manhã

Bolsas asiáticas

  • Tóquio/Nikkei: -2,33%
  • Hong Kong/Hang Seng: -0,07%
  • China/Xangai: +0,23%

Bolsas europeias (mercado aberto)

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
  • Londres/FTSE100: -0,15%
  • Frankfurt/DAX: -0,22%
  • Paris/CAC 40: -0,68%

Wall Street (mercado futuro)

  • Nasdaq: -0,23%
  • S&P 500: -0,10%
  • Dow Jones: +0,05%

Commodities

  • Petróleo/Brent: +0,43%, a US$ 64,72 o barril
  • Petróleo/WTI:  +0,51%, a US$ 60,87 o barril
  • Minério de ferro: -0,26%, a US$ 108,87 a tonelada em Dalian
  • Ouro: +0,53%, a 3.981,56 por onça-troy

Criptomoedas

  • Bitcoin (BTC): -1,9%, a US$ 101.889
  • Ethereum (ETH): -5,3%, a US$ 3.305,84

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Coordenadora de redação
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
Linkedin
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
Linkedin

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar