Economia

Selic a 12,25%: Brasil volta a ter a maior taxa de juros reais do mundo; entenda

03 nov 2023, 9:33 - atualizado em 03 nov 2023, 9:33
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Levantamento aponta que os juros reais do país ficaram em 6,90%, mesmo com o Banco Central reduzindo a Selic para 12,25%.  (Imagem: Reuters/Ueslei Marcelino)

Na quarta-feira (1), o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a Selic em 0,50 ponto percentual. Com isso, a taxa básica de juros deixa o patamar de 12,75% e vai para 12,25% ao ano.

No entanto, apesar do corte promovido pelo Banco Central, o Brasil voltou a ter a maior taxa de juros reais do mundo.

Um levantamento realizado pelo MoneYou aponta que, agora, os juros reais do país ficaram em 6,90%. Isso faz com que o Brasil lidere o ranking, ficando à frente do México, com taxa real de 6,89%. Segundo o estudo, o país só não ocuparia a primeira posição caso o BC tivesse cortado a Selic em 0,75 pp.

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Confira o ranking de países

Ranking País Juro real (em %)
1 Brasil 6,90
2 México 6,89
3 Colômbia 5,48
4 Hungria 4,62
5 Chile  4,44
6 Indonésia 3,93
7 Rússia 3,69
8 República Checa 3,31
9 Hong Kong 2,90
10 África do Sul 2,64
11 Filipinas 2,51
12 Coreia do Sul 1,72
13 Estados Unidos 1,62
14 Itália 1,55
15 Israel 1,47
16 Índica 1,46
17 Nova Zelândia 1,45
18 Grécia 1,45
19 Dinamarca 1,44
20 Portugal 1,25
21 Bélgica 1,25
22 França 1,25
23 Malásia 1,23
24 Holanda 1,20
25 Suécia 1,19
26 Austrália 1,11
27 Alemanha 1,05
28 Reino Unido 0,97
29 Espanha 0,86
30 Áustria 0,76
31 Tailândia 0,64
32 Cingapura 0,46
33 Canadá 0,39
34 China 0,27
35 Taiwan -0,07
36 Polônia -0,54
37 Suíça -0,54
38 Japão -2,61
39 Turquia -2,95
40 Argentina -10,87

O que são juros reais?

Para chegar ao número do juro real, é preciso descontar do juro nominal (a Selic) o Índice de Preços Ao Consumidor Amplo (IPCA) prevista para os próximos 12 meses. Esse juro é o que representa a rentabilidade real de um investimento, uma vez que já considera o que foi perdido para a inflação.

Nem sempre o Brasil esteve no topo do ranking de juro real. Em meados de 2018, por exemplo, esse valor girava em torno de 2%, já que a inflação estava em 3,75% e a Selic em 6,5%.

Editora-chefe
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora-chefe no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora-chefe no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.