Renda Fixa

Selic a 15%: Quanto rendem R$ 10 mil na renda fixa? Especialista revela onde colocar o seu dinheiro agora

10 dez 2025, 18:47 - atualizado em 10 dez 2025, 18:47
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Selic a 15%: Especialista aponta onde investir agora e o que rende mais (Imagem: Canva / Montagem: Giovanna Figueredo)

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu, nesta quarta-feira (10), manter a taxa Selic em 15% ao ano, no maior nível desde 2006.

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Na prática, os juros básicos da economia brasileira seguem inalterados ao menos até os dias 27 e 28 de janeiro de 2026, quando a autoridade monetária volta a se reunir para um novo veredito.

Diante desse cenário, Viviane Las Casas, head da Valor Investimentos, afirma que o momento continua favorável para a renda fixa, sobretudo para produtos pós-fixados que acompanham o CDI ou a própria Selic.

“No atual patamar, o pós-fixado continua sendo a prioridade, pois garante a captura imediata da Selic elevada sem assumir o risco de errar o timing da queda dos juros”, disse ao Money Times.

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Os melhores investimentos

A especialista destacou que Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio (LCI e LCA, respectivamente) seguem entre as melhores alternativas de curto e médio prazo, por combinarem rentabilidade elevada com isenção de IR.

Segundo ela, Certificado de Depósito Bancário (CDBs) atrelados a 100% (ou mais) do CDI também são atrativos, principalmente para períodos superiores a 12 meses, enquanto o Tesouro Selic permanece como a opção mais segura e líquida dentro da renda fixa soberana.

Prefixados ganham espaço tático

Já os títulos prefixados fazem mais sentido, de acordo com Las Casas, de forma tática, uma vez que as taxas atuais embutem parte da queda de juros esperada pelo mercado.

“Muitas oportunidades de curto prazo em prefixados chegam a render um pouco abaixo da Selic no D0, justamente porque embutem essa expectativa de corte”, explicou.

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“Por outro lado, papéis com prazos entre dois e três anos tornam-se particularmente interessantes: permitem travar uma taxa de retorno elevada por mais tempo, com potencial de ganho adicional caso o ciclo de cortes realmente avance”, continuou, recomendando cautela diante da volatilidade fiscal e inflacionária — além das diferenças entre perfis de investidores.

Estratégias por perfil

Enquanto para conservadores Las Casas aconselha priorizar títulos pós-fixados, para os mais arrojados outra frente ganha destaque: os títulos atrelados ao IPCA.

“Esses ativos [indexados à inflação] permitem proteção do poder de compra ao longo do tempo, com retorno real alto, e apresentam alta sensibilidade à queda futura dos juros reais, o que pode gerar ganhos expressivos de marcação a mercado quando o ciclo de flexibilização monetária se intensificar”, pontuou.

Quanto rendem R$ 1 mil na renda fixa?

A pedido do Money Times, a especialista simulou o retorno de uma aplicação única de R$ 1 mil, por um ano, em diferentes produtos de renda fixa. Confira:

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Produto Valor Bruto Valor Líquido
Poupança R$ 1.083,43 R$ 1.083,00
LCA (90% CDI) R$ 1.134,00 R$ 1.134,00
LCA (97% CDI) R$ 1.144,55 R$ 1.144,55
CDB 100% CDI R$ 1.149,00 R$ 1.119,00
Tesouro Selic R$ 1.150,00 R$ 1.120,00

E se o investimento for de R$ 10 mil?

Ela também simulou o rendimento de uma aplicação de R$ 10 mil nos mesmos produtos. Veja abaixo:

Produto Valor Bruto Valor Líquido
Poupança R$ 10.838,00 R$ 10.838,00
LCI (90% CDI) R$ 11.340,00 R$ 11.340,00
LCA (97% CDI) R$ 11.445,30 R$ 11.445,30
CDB 100% CDI R$ 11.490,00 R$ 11.190,00
Tesouro Selic R$ 11.500,00 R$ 11.200,00

*As duas simulações consideraram uma Selic de 15% ao ano e um CDI de 14,90%.

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Jornalista formado e com MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos. Passou pelas redações da TV Band, UOL, Suno Notícias e Agência Mural, e foi líder de conteúdo no 'Economista Sincero'. Hoje, atua como repórter no Money Times.
Jornalista formado e com MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos. Passou pelas redações da TV Band, UOL, Suno Notícias e Agência Mural, e foi líder de conteúdo no 'Economista Sincero'. Hoje, atua como repórter no Money Times.
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