Economia

Selic: Entenda as preocupações do Banco Central, segundo Campos Neto

04 abr 2024, 10:34 - atualizado em 04 abr 2024, 10:34
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Banco Central: Campos Neto destaca a inflação nos Estados Unidos e expectativas de corte de juros por parte do Federal Reserve.  (REUTERS/Adriano Machado)

Na sua última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) mudou o guidance em seu comunicado, retirando o plural e dando a entender que o Banco Central promoveria apenas mais um corte de 0,50 ponto percentual.

No entanto, Roberto Campos Neto tentou acalmar os investidores. Em vento do Bradesco BBI, o presidente do Banco Central destacou que a mudança na comunicação não significa que os planos do Copom também mudaram.

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“O fato de ter mais incertezas não significa que mudou o cenário-base, apenas que impede uma projeção mais longa da política monetária”, disse. Ou seja, mais cortes de 0,50 pp podem acontecer.

Vale lembrar que o Copom já realizou seis reajustes dessa magnitude, reduzindo a Selic de 13,75% para 10,75% ao ano. As projeções do mercado são de um novo reajuste na reunião marcada para o dia 8 de maio. Com isso, a taxa básica de juros irá para o patamar de 10,25%.

Campos Neto está preocupado com o Fed

Embora o Banco Central esteja de olho no processo de desinflação, Campos Neto destaca que fatores externos também estão sendo monitorados. No caso, o principal deles é o início do afrouxamento monetário nos Estados Unidos.

Por mais que as expectativas indicam de que o início dos cortes será em junho, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, lembra que os cortes serão realizados, reiterando o fato da inflação americana estar acima da meta de 2%.

“Não esperamos que seja apropriado reduzir as taxas de juros até termos maior certeza de que a inflação está sendo reduzida de forma sustentável em direção à meta de 2%”, afirmou o presidente do Fed, destacando que os cortes poderão ser realizados em algum momento deste ano.

Campos Neto destacou que o mercado revisou em alta a taxa de juros americanos terminal e isso tem impacto nos emergentes. Ele também apontou que a inflação americana “estacionou” na casa dos 3,2%.

“O número [dados de inflação] que vai sair dia 10 de abril é muito relevante, porque o banco central americano precisa ter uma narrativa sobre o processo de desinflação. Essa narrativa tem ficado com um grau de incerteza maior, porque algumas coisas que se identificavam como fatores de desinflação não estão se mostrando tão desinflacionários”, disse.

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Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora-chefe no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
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