Economia

Selic: Os desafios do Banco Central para a próxima decisão, segundo gestora de Gustavo Franco

24 jul 2024, 14:10 - atualizado em 24 jul 2024, 14:10
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Melhora do cenário externo, menos ruído no Palácio do Planalto e inflação mais benigna no Brasil causaram queda das taxas de juros (Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Para a Rio Bravo, o mercado viu uma melhora do cenário externo em julho, além de menos ruídos no Palácio do Planalto e resultados de inflação mais benignos no Brasil. No entanto, as taxas de juros seguem em patamares elevados, apesar de menores.

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No consenso para agosto, a gestora de Gustavo Franco, em documento obtido com exclusividade pelo Money Times, espera que os próximos passos do Banco Central (BC) sejam de manutenção da Selic a 10,50%, enquanto as tendências se consolidam.

Apesar disso, a casa projeta que a taxa básica de juros feche o ano de 2024 a 10%.

Do lado internacional, Evandro Buccini, sócio e diretor de gestão de crédito da Rio Bravo, destaca que, nos Estados Unidos, o eventual corte na taxa de juros seguem no centro das discussões.

Os indicadores de julho revelaram desaceleração no mercado de trabalho, com o desemprego subindo para 4,1% e o ritmo de contratações e de crescimento real dos salários caindo. Além disso, as discussões se intensificaram com a divulgação dos dados de CPI, que mostrou retração de 0,1%.

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“Essa mudança de cenário em apenas um mês resultou em uma queda de 20 pontos-base na expectativa da taxa de juros no final do ano, com o mercado agora precificando maior probabilidade de cortes futuros, elevando as chances de um corte em setembro de 56% para 99% em apenas 30 dias”, ressalta.

Já do lado doméstico, o diretor da corretora diz que a reunião entre Fernando Haddad e Lula para discutir a revisão de gastos teve algum sucesso. Foi proposta a implementação de um “pente-fino” nos benefícios previdenciários, além da suspensão para aqueles com cadastros desatualizados. “Estima-se que essa medida traga um alívio de R$ 25,9 bilhões para as contas públicas.”

“Diante da ausência de interesse em uma reforma fiscal abrangente que aborde o crescimento crônico das despesas obrigatórias, essa medida foi vista como uma iniciativa positiva, trazendo certo grau de estabilidade”, afirmou.

Em relação aos dados econômicos, o mercado de trabalho continua dinâmico, mas a economia ainda enfrenta desafios quanto ao aumento da produtividade. Além disso, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho veio abaixo das expectativas, com resultado de 0,21%.

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“A disparidade foi influenciada por uma superestimação na recuperação econômica do Rio Grande do Sul, que poderia ter gerado maiores pressões, especialmente sobre o grupo de Alimentos e Bebidas, que tem grande peso na cesta de consumo.”

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
giovana.leal@moneytimes.com.br
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Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
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