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Senador Prates é cotado para presidir Petrobras (PETR4), mas há barreira no estatuto

31 out 2022, 17:26 - atualizado em 31 out 2022, 17:33
Jean Paul Prates
Uma das fontes ressaltou que Lula fez muitas consultas e pediu orientações a Prates durante a campanha, em momentos em que se preparava para falar sobre o setor de petróleo (Imagem: Roque de SÃ/Agência Senado)

O senador Jean Paul Prates (PT-RN), que participou da elaboração de planos da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva para a área de petróleo e energia, é um nome que aparece forte como possível indicado para presidir a Petrobras (PETR4) a partir de 2023, segundo três fontes próximas às conversas.

Embora não haja nada formal sobre o assunto, até porque a eleição foi concluída na véspera, Prates seria uma opção a ser considerada pelo presidente eleito, disseram as pessoas na condição de anonimato.

Mas a indicação deve enfrentar algumas barreiras no estatuto da Petrobras, que veda a indicação de pessoa que atuou, nos últimos 36 meses, como participante de estrutura decisória de partido político.

Uma das fontes ressaltou que Lula fez muitas consultas e pediu orientações a Prates durante a campanha, em momentos em que se preparava para falar sobre o setor de petróleo.

O estatuto veda também a indicação de dirigente estatutário de partido político e de titular de mandato no Poder Legislativo de qualquer ente federativo, ainda que licenciado, e de pessoa que atuou, nos últimos 36 meses, em trabalho vinculado a organização, estruturação e realização de campanha eleitoral.

Procurados, o senador e um assessor não comentaram o assunto imediatamente.

O futuro governo Lula tende a intensificar a presença do Estado no setor de refino de petróleo, com possíveis impactos nos rumos dos preços dos combustíveis da Petrobras, conforme sinalizações de planejadores de políticas da equipe do petista.

O próprio Lula prometeu rever o Preço de Paridade de Importação (PPI) praticado desde 2016 pela Petrobras, de forma que os valores dos combustíveis reflitam “custos nacionais”, sem, portanto, acompanhar as oscilações do dólar e do petróleo no mercado internacional.

As ações preferenciais da estatal chegaram a cair mais de 10% nesta segunda-feira, com preocupações do mercado sobre os rumos da companhia em um governo Lula.

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