Senadores republicanos mudam projeto sobre impostos nos EUA e geram conflito com a Câmara

Os republicanos do Senado dos EUA revelaram nesta segunda-feira as mudanças propostas ao amplo projeto de lei de corte de impostos e gastos do presidente Donald Trump, irritando alguns de seus colegas na Câmara.
As mudanças tornariam algumas isenções fiscais relacionadas a empresas permanentes, além de limitar a isenção fiscal para impostos de renda estaduais e locais.
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As diferentes versões do projeto de lei nas duas casas do Congresso, controladas por republicanos, podem complicar o objetivo dos líderes do partido de aprovar a proposta, que é peça central da agenda doméstica de Trump, antes do prazo autoimposto de 4 de julho.
Uma grande mudança imporia um teto de US$ 10 mil nas deduções federais para impostos de renda estaduais e locais, bem abaixo do limite de US$ 40 mil estabelecido na versão aprovada pela Câmara no mês passado. Isso gerou críticas imediatas dos republicanos da Câmara, cujos eleitores se beneficiariam da dedução maior.
Mas um documento mostra que o valor está sujeito a negociações contínuas.
A proposta do Comitê de Finanças do Senado também limitaria as isenções fiscais sobre gorjetas e horas extras prometidas por Trump durante a campanha de 2024. A versão da Câmara permitiria deduções sobre renda de até US$ 160 mil por ano.
O projeto de lei estenderia ainda os cortes de impostos de 2017, que foram a principal conquista legislativa de Trump durante seu primeiro mandato, e aumentaria os gastos militares e com segurança de fronteira.
“Espero continuar a coordenação com nossos colegas na Câmara e na administração para entregar a ousada agenda econômica do presidente Trump para o povo americano o mais rapidamente possível”, disse o presidente do Comitê de Finanças do Senado, o republicano Mike Crapo, de Idaho, em uma declaração revelando o projeto de lei revisado.
Com uma maioria de 53-47 no Senado e uma vantagem de 220-212 na Câmara, os republicanos podem perder poucos votos para aprovar um projeto de lei que enfrenta oposição unida dos democratas.
A versão do Senado prevê ainda uma dedução de até US$ 25 mil, que começaria a ser eliminada gradualmente para rendas acima de US$ 150 mil para uma pessoa e US$ 300 mil para um casal. Para pagamento de horas extras, os republicanos do Senado propõem uma dedução de US$ 25 mil para contribuintes que declaram em conjunto.