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Ser Educacional está bem posicionada para fechar aquisições importantes em 2021

31 dez 2020, 13:43 - atualizado em 31 dez 2020, 13:43
No longo prazo, a Ser Educacional deve aproveitar as oportunidades que o setor de educação tem a oferecer (Imagem: Unsplash/@annaelizaearl)

O fracasso na aquisição dos ativos da Laureate no Brasil é página virada para a Ser Educacional (SEER3). A companhia pode não ter levado as operações do grupo, mas conseguiu R$ 180 milhões pela multa de rescisão do acordo, dinheiro que usou para adquirir da Ânima Educação (ANIM3) a Sociedade Paraibana de Educação Cultural (Aspec) e a Sociedade Capibaribe de Educação e Cultura (Socec).

A empresa também garantiu direito de compra de três instituições de ensino superior da Laureate Brasil: o Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter), o Centro Universitário FADERGS e o Instituto Brasileiro de Medicina de Reabilitação (IBMR).

Na atualização da tese de investimento da Ser Educacional, a Ativa Investimentos disse que as três instituições, por estarem bem localizadas e possuírem vagas em medicina, são “estrategicamente interessantes” à companhia.

Mesmo com sua atual posição de caixa, que dificulta grandes operações de compra de ativos sem a necessidade de captar dívida, a corretora acredita que a Ser Educacional pode fechar aquisições importantes pela frente.

“Apesar dos riscos de governança e da alta concentração das instituições de ensino superior no Nordeste (81%), vemos um valuation muito atrativo e um nível saudável de alavancagem, que permitirá que a empresa realize aquisições importantes em 2021”, disse o analista Leo Monteiro, em relatório divulgado na terça-feira.

No longo prazo, a empresa deve aproveitar as oportunidades que o setor de educação tem a oferecer.

“A consolidação que vem acontecendo no setor permitirá que os grandes players continuem crescendo de forma inorgânica e ganhem share nos centros urbanos. Além disso, a abertura de polos EAD (ensino a distância) dá a capilaridade necessária para as empresas chegarem em cidades menores e com alto potencial de crescimento”, destacou Monteiro.

A Ativa manteve a recomendação de compra para a ação, com preço-alvo de R$ 26,10.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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