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Será que um Fed em combate à inflação quebrará promessa de pleno emprego?

14 dez 2021, 14:12 - atualizado em 14 dez 2021, 14:12
Emprego EUA
“Chegar a uma estimativa confiável de pleno emprego é muito mais viável do que geralmente se pensa… estamos quase lá”, disse Skanda Amarnath, diretor executivo da Employ America (Imagem: REUTERS/Eduardo Munoz)

Com a expectativa de que o Federal Reserve adote em breve uma postura de combate à inflação, pode parecer à primeira vista que o banco central dos Estados Unidos terá que descartar sua meta ampla e inclusiva de pleno emprego apenas um ano após implementá-la.

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A realidade, porém, é mais sutil do que a simples escolha entre controlar a inflação desconfortavelmente alta por meio de um aumento nos juros de referência “overnight” do Fed ou promover um retorno ao pleno emprego mantendo as taxas num nível próximo a zero.

“Chegar a uma estimativa confiável de pleno emprego é muito mais viável do que geralmente se pensa… estamos quase lá”, disse Skanda Amarnath, diretor executivo da Employ America, um grupo de esquerda que passou grande parte da pandemia de Covid-19 pressionando o Fed a aquecer a economia.

Em meio a um aumento na inflação, alguns argumentam que o Fed precisa tirar rapidamente o pé do acelerador e começar a pisar no freio para desacelerar a atividade econômica e o crescimento do emprego, antes que os aumentos de preços descontrolados acabem com ambos.

Ao fazer isso, o Fed corre o risco de voltar atrás em uma promessa feita em setembro de 2020 de deixar a taxa das Fed Funds em quase zero até que o mercado de trabalho se recupere totalmente, embora desistir dos ganhos de empregos para controlar a inflação seja, nesta visão, um trade-off que o chair do Fed, Jerome Powell, simplesmente tem de fazer.

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“A inflação é como um imposto… uma inflação muito alta também pode impactar o progresso do mercado de trabalho”, disse Nela Richardson, economista-chefe da ADP.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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