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Sérgio Rial vira réu em caso Americanas (AMER3), diz O Globo

05 jun 2023, 15:01 - atualizado em 05 jun 2023, 21:04
Sergio Rial
(Imagem: Wikipédia)

O ex-CEO da Americanas (AMER3) Sérgio Rial, junto com João Guerra Duarte Neto, tornaram-se réus em um dos casos abertos pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) que investiga o rombo bilionário da varejista, informa a coluna Capital, do jornal O Globo.

Segundo as informações da coluna, o processo teria sido aberto por conta da forma confusa como o fato relevante, divulgado em 11 de janeiro, foi publicado e da teleconferência do dia seguinte, considerada atrapalhada por agentes dos mercados (só alguns investidores puderam participar).

A Americanas afirmou em nota que “acompanha a evolução” do processo na CVM e que segue colaborando com as autoridades competentes nas apurações envolvendo as inconsistências contábeis. Guerra ainda é diretor da companhia. A assessoria de Rial disse que ele não vai se manifestar a respeito.

A matéria diz que Rial é acusado de ter infringido artigo da Lei das SA que impõe a necessidade de “sigilo sobre qualquer informação que ainda não tenha sido divulgada para conhecimento do mercado” e de ter violado artigo de resolução da CVM que obriga que a “divulgação e a comunicação de ato ou fato relevante (…) devem ser feitas de modo claro e preciso, em linguagem acessível ao público investidor.”

Já Guerra é acusado, na condição de diretor de relações com investidores, de ter, entre outras coisas, infringido artigo da Lei das SA segundo o qual “os administradores da companhia aberta são obrigados a comunicar imediatamente à bolsa de valores e a divulgar pela imprensa qualquer deliberação da assembleia-geral ou dos órgãos de administração da companhia, ou fato relevante ocorrido nos seus negócios, que possa influir, de modo ponderável, na decisão dos investidores.”

Americanas afundada em dívidas

Em 11 de janeiro, Rial afirmou ter encontrado “inconsistências em lançamentos contábeis” nos balanços corporativos da companhia no valor de aproximadamente R$ 20 bilhões.

Segundo a varejista, o rombo foi causado principalmente por dívidas com bancos em operações de risco sacado.

Oito dias após o anúncio, a Justiça aceitou o pedido de recuperação judicial da Americanas.

Hoje, as dívidas da companhia superam R$ 50 bilhões, confirme divulgado no último relatório dos administradores da recuperação judicial, de 3 de maio.

Com informações da Reuters

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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