Economia

Servidor público do Judiciário ganha o dobro do Executivo, aponta estudo

18 dez 2018, 19:55 - atualizado em 18 dez 2018, 19:55

De acordo com um estudo elaborado pela Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), os servidores do Executivo receberam entre 2007 e 2016 um salário médio equivalente a R$ 8 mil, enquanto a remuneração do Judiciário era dobrado no mesmo período, de R$ 16 mil. O Legislativo apresentava salários equivalentes a 90% do Judiciário, valor em torno de R$ 14,3 mil.

Dividida por nível federativo e pelos três poderes, o usuário pode acessar dados referentes à criação de postos de trabalho no setor público, evolução anual do salário mensal médio, diferenças de remuneração por gênero, entre outras coisas. A plataforma também faz comparações entre civis e militares.

As remunerações mensais dos servidores estaduais também apresentam variações discrepantes quando os poderes são colocados em comparação. Entre 2007 e 2016, o salário médio do Executivo representava 40% do salário médio de um servidor estadual do Judiciário: R$ 5,1 mil e R$ 12 mil, respectivamente. Comparando o Executivo com o Legislativo, o primeiro apresentava 51% da remuneração média do segundo, que era de R$ 8,4 mil.

Na escala municipal, os salários eram inferiores em relação às demais esferas, com o Executivo tendo o menor valor médio, de R$ 3 mil.

O país apresenta 12 milhões de vínculos públicos. Em 2017, o Brasil desembolsou R$ 725 bilhões com servidores ativos, o equivalente a 10,7% do PIB. Com a redução do setor público estadual, os municípios foram os que mais registraram expansão de vínculos.

O estudo também concluiu que, em termos de remuneração entre gêneros, as mulheres ganham menos. Os dados, porém, variam conforme ano, níveis e poderes. Os pesquisadores também chegaram à conclusão de que a escolaridade dos servidores ampliou em todos os níveis.

Esses e outros dados estão disponíveis na mais nova plataforma digital do instituto. Batizada de Atlas do Estado Brasileiro, a plataforma foi lançada nesta terça-feira (18), e conta com informações do serviço público brasileiro.

“O propósito do Atlas é alinhavar o debate com dados consistentes e de fácil compreensão, para que subsidiem um debate de qualidade pela sociedade”, afirma Feliz Garcia Lopes, um dos coordenadores do projeto e pesquisador do Ipea.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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