Serviços

Setor de serviços do Brasil recua 0,9% em maio, quarta queda consecutiva

10 jul 2020, 9:59 - atualizado em 10 jul 2020, 9:59
Serviços Restaurantes
Na comparação com maio do ano passado, o setor de serviços recuou 19,5%, (Imagem: Reuters/Andrew Burton)

Após o tombo recorde registrado em abril, o setor de serviços recuou 0,9% em maio, apontando ainda efeitos das medidas de isolamento social para conter a pandemia de Covid-19.

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É a quarta taxa negativa consecutiva do setor, que acumula uma perda de 19,7% no período. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje (10) pelo IBGE.

O gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, destaca que apesar de ser o quarto mês com taxas negativas, a queda do mês de fevereiro tinha caráter conjuntural.

Já os efeitos do isolamento social começaram a ser sentidos em março, que teve os últimos dez dias com paralisação. Em maio, o volume de serviços encontra-se 27,9% abaixo do recorde histórico, em novembro de 2014.

“Essa taxa de -0,9% mostra um aprofundamento de um cenário que já era muito desfavorável para o setor de serviços. Ter um resultado ainda negativo quando a comparação é feita com abril, mês que tivemos o pior resultado da série histórica (-11,9%), é bastante significativo”, ressalta Lobo.

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Três das cinco atividades pesquisadas tiveram queda na comparação com abril, com destaque para os setores de serviços de informação e comunicação (-2,5%) e de profissionais, administrativos e complementares (-3,6%).

os efeitos do isolamento social começaram a ser sentidos em março, que teve os últimos dez dias com paralisação (Imagem: Reuters/Thilo Schmuelgen)

O setor de Outros serviços recuou 4,6% no período. Já as atividades de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (4,6%) e de serviços prestados às famílias (14,9%) recuperaram uma parte das perdas registradas nos últimos meses.

“Os setores ligados às partes de alojamento e alimentação e transporte foram os que tiveram as perdas mais importantes no mês de abril. Agora em maio, eles mostram uma certa recuperação, crescendo nesse mês, mas não o suficiente para levar o setor de serviços para o campo positivo”, explica Lobo.

O pesquisador ressalta que os efeitos da crise provocada pelo fechamento dos estabelecimentos considerados não essenciais foram sentidos de outra forma em maio.

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“O principal destaque negativo do mês, o setor dos serviços de informação e comunicação, que tem um peso importante na pesquisa, mostra os efeitos dessa crise na vida econômica. São segmentos que dependem de uma dinâmica econômica ativa.

Antes, havíamos sentido o impacto da crise principalmente nos serviços prestados às famílias, agora os serviços prestados por empresas para outras empresas começam a sentir efeitos importantes”, conclui Lobo.

Na comparação com maio do ano passado, o setor de serviços recuou 19,5%, registrando a taxa negativa mais intensa desde o início da série histórica. Todas as cinco atividades também tiveram retração.

Os setores ligados às partes de alojamento e alimentação e transporte foram os que tiveram as perdas mais importantes no mês de abril (Imagem: Reuters/Marko Djurica)

Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-20,8%) e os serviços prestados às famílias (-61,5%) foram principais influências negativas no índice geral. Essas atividades sofreram forte impacto das medidas de isolamento social no país.

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No acumulado dos primeiros cinco meses do ano, o setor de serviços recuou 7,6%, enquanto nos últimos 12 meses, acumulou -2,7%.

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Índice de atividades turísticas cresce 6,6%

Em maio, o índice das atividades turísticas cresceu 6,6% em comparação a abril, recuperando uma parcela da queda acumulada entre março e abril (-68,1%).

Já na comparação com maio do ano passado, o índice recuou 65,6%, registrando a terceira taxa negativa seguida, pressionado, principalmente, pela queda de receita de transporte aéreo, restaurantes, hotéis, rodoviário coletivo de passageiros e serviços de bufê.

No acumulado do ano, o agregado especial de atividades turísticas mostrou retração de 29,9%.

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Repórter
Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
lucas.simoes@moneytimes.com.br
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