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Shein perdeu a vantagem competitiva? Diferença de preços entre chinesa e varejo brasileiro diminuiu, aponta BTG

16 out 2023, 16:17 - atualizado em 16 out 2023, 16:17
Shein
Shein brasileira tem preços mais elevados que em outros países (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic/Ilustração/Arquivo)

A gigante chinesa Shein ocupou seu espaço no mercado brasileiro, se destacando pelos preços abaixo dos praticados pelo varejo nacional. No entanto, esta vantagem competitiva tem diminuído nos últimos meses, aponta relatório do BTG Pactual.

Apesar de seguir abaixo dos valores praticados pelos pares brasileiros, o relatório do BTG mostra que os preços da Shein no Brasil são mais elevados do que em outros países.

O estudo comparou os preços da chinesa em 15 países e identificou que, em relação aos Estados Unidos, por exemplo, os preços de produtos semelhantes são 29% maiores, ou 157% se considerar o poder de paridade de compra entre estadunidenses e brasileiros.

Somente o México fica acima do Brasil na comparação das cotações de mercado. No entanto, ao considerar a paridade de compra, a Shein brasileira ocupa a primeira colocação entre as mais caras.

Shein x varejo nacional

O BTG comparou uma cesta de oito produtos entre a Shein e as varejistas locais Renner, C&A e Riachuelo. Com isso, identificou que a plataforma chinesa é 26% mais barata que a Renner, 22% mais barata que a Riachuelo e 17% mais barata que a C&A.

Comparando os resultados com a pesquisa do BTG de abril, a diferença de preços entre a Shein e outros pares locais diminuiu.

“Os movimentos recentes da Shein para expandir o fornecimento local (embora o ritmo desta estratégia seja incerto) deverão diversificar a sua produção, melhorar os níveis de serviço e alavancar o já elevado envolvimento e tráfego orgânico na sua plataforma (com maior duração de visita e páginas por visita do que os pares)”, avalia o BTG.

No entanto, com um potencial aumento na tributação no radar, o BTG espera que a Shein possa ficar nas mesmas — ou mais próximas — condições que os produtores locais, o que poderá levar a preços mais elevados e desafios semelhantes na expansão da capacidade de produção local.

Apesar disso, analistas destacam que a rapidez de colocação no mercado e a poderosa abordagem de venda social continuam sendo uma enorme força em um mercado altamente competitivo.

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Foi redatora na área de marketing digital por 2 anos e ingressou no Money Times em 2022.
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