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Shein protocola IPO em Hong Kong, diz jornal; varejista ainda mira Londres

08 jul 2025, 13:13 - atualizado em 08 jul 2025, 13:13
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(Imagem: REUTERS/Chen Lin)

A Shein protocolou confidencialmente pedido de oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês) na Bolsa de Hong Kong, segundo noticiou o Financial Times, em meio aos entraves que enfrenta para uma listagem em Londres.

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Segundo apuração do jornal britânico, a varejista asiática de fast fashion — que ganhou força por seus preços competitivos — visa acelerar um longo processo de listagem e pressionar o regulador do Reino Unido.

Fontes consultadas pelo jornal afirmam que a Shein protocolou um rascunho na bolsa de Hong Kong (HKEX) na última semana e busca aprovação da Comissão de Valores Mobiliários da China.

No entanto, o jornal aponta que as exigências entre a Autoridade de Conduta Financeira (FCA, na sigla em inglês) do Reino Unido e a Comissão Reguladora da China são muito diferentes, o que torna difícil que uma aceitação chinesa implique na aceitação britânica.

Procurada pelo Money Times, a Shein afirmou que não irá comentar o assunto.

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Shein mira Londres

Com a maioria da cadeia de suprimentos presente na China, há cerca de um ano e meio a Shein entrou com pedido de oferta pública inicial em Londres, contudo, não obteve aprovação regulatória.

Neste ano, ainda segundo o Financial Times, o presidente do comitê de negócios e comércio da Câmara dos Comuns no Reino Unido notificou o chefe da FCA sobre a integridade da cadeira de suprimentos da companhia, após funcionário da varejista não responder perguntas sobre se as roupas continham algodão proveniente de Xinjiang, onde se suspeita de condições de trabalho forçado.

Segundo o jornal, caso a FCA esteja disposta a aceitar um prospecto aprovado pela CSRC, Londres ainda seria a bolsa preferida da Shein, tendo em vista a sua base de investidores mais diversificada e internacional, disseram fones ao Financial Times.

Ainda que a Shein não tenha pressa em abrir o capital, segundo o jornal, tendo em vista que detém cerca de US$ 12 bilhões em dinheiro em seu balanço, há uma pressão de investidores e consultores, com preocupações após a companhia não conseguir abrir capital nos Estados Unidos em 2023.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.