Internacional

Shinzo Abe promete blindar economia do Japão a medida que o coronavírus avança

28 fev 2020, 9:49 - atualizado em 28 fev 2020, 9:49
Shinzo Abe
A economia do Japão encolheu a seu ritmo mais rápido em quase seis anos no trimestre de dezembro (Imagem: Jeenah Moon/Bloomberg

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, prometeu tomar as medidas necessárias para impedir que o novo coronavírus cause um duro golpe em uma economia que já está à beira da recessão.

Com os investidores temendo uma desaceleração mundial, as ações globais estavam caminhando nesta sexta-feira para sua maior queda semanal desde o ápice da crise financeira em 2008, colocando as autoridades sob pressão para tomar medidas mais ousadas.

Abe disse que o governo tem reservas suficientes para explorar gastos emergenciais relacionados à epidemia, sinalizando que não vê necessidade imediata de compilar um novo pacote de gastos.

“Mas tenho consciência das visões de que, se o vírus se espalhar, poderá ter um enorme impacto na economia”, disse Abe ao Parlamento japonês nesta sexta-feira. “Estamos, portanto, acompanhando essa evolução com cuidado.”

“Se os acontecimentos mudarem, garantiremos tomar as medidas necessárias para impedir que o vírus se torne um enorme risco negativo para a economia japonesa”, disse ele.

A economia do Japão encolheu a seu ritmo mais rápido em quase seis anos no trimestre de dezembro, com a fraca demanda global e o aumento doméstico de um imposto sobre vendas prejudicando o consumo e os gastos das empresas.

Alguns analistas esperam que a economia do Japão encolha novamente no trimestre atual e entre em recessão – definida como dois trimestres seguidos de contração.

Tendo usado a maior parte de sua munição, o banco central do Japão parece relutante em implantar estímulos adicionais – pelo menos por enquanto.

“Não acho que o Banco do Japão precise tomar medidas adicionais de flexibilização monetária agora em resposta ao surto de coronavírus”, disse Goushi Kataoka, um dos membros mais ‘dovish’ do conselho do banco.

reuters@moneytimes.com.br