Comprar ou vender?

Shoppings: aluguéis só devem retomar patamares pré-pandemia em 2021

10 jul 2020, 16:47 - atualizado em 10 jul 2020, 16:49
Varejo Coronavírus Shoppings
Os lojistas reclamam que o fluxos de clientes não voltaram na mesma proporção da taxa cobrada pelos shoppings (Imagem: Câmara dos Deputados/Ricardo Stuckert)

A recuperação de aluguéis em shoppings, que estão há mais de três meses fornecendo descontos aos lojistas, é incerta e só deve retornar os níveis pré-pandemia em 2021.

Em live realizada pelo jornal Valor Econômico, os presidentes da brMalls (BRML3) e Aliansce Sonae (ALSO3) afirmaram que a a tendência é que tal cobrança se normalize ao longo de 2021, dependendo do ritmo de retomada da economia.

“O setor de shoppings foi altamente impactado com o isolamento social. Os lojistas ficaram em situações bastante complicadas, e as expectativas para a retomada são de que está não deverá ser muito rápida”, ressalta a Guide em relatório enviado a clientes nesta sexta-feira (10).

De acordo com a corretora, os lojistas reclamam que o fluxos de clientes não voltaram na mesma proporção da taxa cobrada. Os centros comerciais estão funcionando com horário reduzido e menor capacidade.

Operadoras

Com 19 shoppings reabertos, a brMalls, está cobrando metade do valor normal de aluguel, dependendo do segmento e o condomínio apresenta desconto de 33%, de acordo com Ruy Kameyama, CEO da companhia. Durante o fechamento, o desconto foi de 60%.

Segundo a Guide, a taxa de reabertura de lojas no shoppings que voltaram a funcionar está em 98%, com vendas avançando mais a cada semana

Shopping da Multiplan
Multiplan também é citada pelo BTG como um bom papel no setor (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

Para a Aliansce Sonae, na região Norte, a queda nas vendas está em apenas 15% em relação ao ano passado, mostrando resiliência na demanda, avalia a corretora.

A companhia possui um portfólio de 39 shoppings, com participação em 27 e administração de 12 shoppings de terceiros. Atualmente são 27 abertos.

“Nossa recomendação para o setor é neutra, devido a grande incerteza para os próximos períodos, sendo a nossa preferida a Multiplan (MULT3), devido a sua estratégia mais conservadora”, afirma a corretora.

Ações atraentes

Mesmo com os problemas do setor, o BTG pactual acredita que os papéis da Multiplan e Aliansce Sonae continuam muito atrativos para os investidores.

“Recomendamos que os investidores sejam seletivos, pois o setor pode demorar para se recuperar (a reabertura dos shoppings foi lenta e os pequenos varejistas enfrentam dificuldades), mas aqueles com um horizonte de investimento mais longo estão definitivamente em um bom ponto de entrada”, informaram os analistas Gustavo Cambauva e Elvis Credendio.

Na nova avaliação, o BTG adotou um cenário mais negativo para o setor, já que não esperava que os shoppings ficassem tanto tempo fechados.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
Linkedin
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.