Simples dispositivo médico poderia acelerar vacinação nos EUA

Na corrida pela imunização nos Estados Unidos, farmacêuticos descobriram uma coisa importante: que os frascos da vacina contra a Covid-19 da Pfizer contêm uma dose extra. Extrair essa dose adicional, entretanto, depende da disponibilidade de uma seringa especial que está em falta.
Quando um medicamento ou vacina é injetado, uma certa quantidade pode permanecer na seringa, no que é conhecido como “espaço morto” entre o êmbolo e a agulha. As seringas com espaço morto baixo são projetadas para minimizar isso e também o desperdício. Isso as torna uma ferramenta essencial para extrair seis doses, em vez das cinco esperadas de cada frasco da Pfizer.
A necessidade urgente de seringas de espaço morto baixo é relativamente nova. As seringas especializadas são consideradas um produto de nicho, utilizadas para medicamentos em tratamentos de fertilidade, por exemplo, onde o desperdício pode ser especialmente caro.
Em um plano preliminar, o governo Biden descreveu seringas e agulhas de espaço morto como uma das 12 deficiências de suprimento que planejava resolver.
No entanto, não é tão fácil quanto apertar um botão, e a campanha de vacinação tenta ser mais rápida do que as variantes do coronavírus mais contagiosas.
A questão das seringas é uma das muitas que autoridades buscam solucionar para que nenhuma gota da limitada vacina seja desperdiçada, já que os estados continuam a criticar o governo por falta de imunizantes.
Desde que o presidente dos EUA, Joe Biden, tomou posse em 20 de janeiro, agências federais emitiram uma diretriz que permite a aplicação da segunda dose algumas semanas depois do intervalo recomendado, se necessário, e diz que em “circunstâncias excepcionais” não há problema em misturar e combinar doses.